Em 2024, a piscicultura brasileira assumiu a 2ª posição entre os maiores exportadores de filé fresco de tilápia para os Estados Unidos, o principal comprador do mundo. Essa conquista é respaldada pelo explosivo aumento das vendas.
Entre janeiro e setembro deste ano, o Brasil exportou 3.116 toneladas, sendo responsável pelo abastecimento de 24% do mercado americano de filé fresco e ocupando a segunda colocação. Essa evolução se deve à capacidade empreendedora das empresas de tilápia do Brasil, que nos últimos 5 anos cresceram 440% suas exportações.
“A qualidade da tilápia brasileira é reconhecida mundialmente. Além disso, há a competência dos frigoríficos, que conseguem entregar filé fresco de tilápia nos Estados Unidos em no máximo 48 horas após os peixes saírem da água. Na prática, o peixe é retirado dos tanques numa manhã, segue para processamento à tarde e viaja no dia seguinte para os EUA”, informa Francisco Medeiros, presidente executivo da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR).
O resultado das exportações, porém, poderia ser ainda melhor se resolvidas as questões da emissão do Certificado Sanitário Internacional (CSI).
A boa notícia é que o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), que emite o CSI, anuncia o fim da obrigatoriedade de emissão do certificado sanitário internacional para tilápia, após acordo com o FDA (Food and Drug Administration), órgão regulador dos Estados Unidos, intermediado pela Peixe BR.
“Essa decisão é excelente para a piscicultura brasileira. O filé fresco de tilápia será despachado imediatamente após a chegada no aeroporto no Brasil, melhorando nossa competitividade junto ao mercado americano”, destaca Francisco Medeiros.
“Sem a obrigatoriedade de emissão do CSI, temos convicção de assumir a liderança na exportação de filé fresco de tilápia para os Estados Unidos em 2025”, assinala o presidente da Peixe BR.