Os líderes costumam atuar como embaixadores das boas práticas de cibersegurança. No entanto, como qualquer outro funcionário do quadro da empresa, eles também podem cometer deslizes ao descuidar da sua proteção digital.
De acordo com o levantamento do Capterra, 57% dos profissionais de TI e cibersegurança entrevistados relatam que os executivos seniores de suas empresas foram alvo de pelo menos um ataque cibernético nos últimos 18 meses, sendo o uso de senhas fracas um dos principais motivos do ataque (50%).
Embora 58% dos entrevistados relataram que suas empresas fortaleceram a política de senhas no mesmo período, ainda há uma lacuna no que se refere à implementação de tecnologia especializada.
Isso porque pouco mais de 4 de cada 10 (44%) empresas não empregam software de gerenciamento de senhas, segundo os respondentes. Esse tipo de ferramenta cria e armazena credenciais em cofres digitais, evitando assim o acesso não autorizado ou o roubo de senhas.
“Nosso estudo identificou que o antivírus (72%) é o tipo de software de cibersegurança mais usado pelas empresas brasileiras, sendo especialmente útil no combate a ataques de malware e phishing”, comenta Marcela Gava, analista sênior do Capterra responsável pelo estudo.
No entanto, ela observa que quando se trata de tecnologia de segurança digital com objetivos específicos, a adesão das empresas diminui.
“Por exemplo, os resultados da pesquisa indicam que apenas 48% das empresas usam software de autenticação de dois fatores –que é responsável por adicionar mais camadas de verificação no processo de identificação dos usuários–, e somente 44% empregam softwares de detecção e mitigação de bots, que podem prevenir ataques DDoS e invasão de contas”, revela Gava.
Quando se trata de proteção digital de uma empresa, especialmente à de líderes, é essencial adotar uma abordagem multifacetada de cibersegurança com a implementação de ferramentas de proteção especializadas.
Respondentes indicam que ciberataques contra executivos está aumentando
Mais da metade dos entrevistados (53%) notou que houve um aumento nos ataques de cibersegurança direcionados a executivos seniores das suas empresas nos últimos três anos, sendo que 77% concordam que os líderes são vítimas de ataques cibernéticos com mais frequência do que outros funcionários.
Uma das medidas implementadas pelas empresas, segundo 67% dos respondentes, foi o oferecimento de treinamento avançado para executivos além do treinamento de cibersegurança padrão que todos colaboradores recebem.
Das empresas que não oferecem esse tipo de capacitação, a restrição de tempo é a principal limitação que impede os executivos de participar desse tipo de treinamento.
METODOLOGIA
A Pesquisa sobre Cibersegurança em torno dos Executivos do Capterra foi realizada em maio de 2024 com 246 entrevistados do Brasil. O objetivo do estudo foi investigar como os profissionais de TI e cibersegurança estão agindo em relação à crescente ameaça de fraude biométrica. Os participantes deveriam ser trabalhadores da área de TI e segurança cibernética em empresas que usam software de segurança e têm mais de um funcionário. Os respondentes foram selecionados com base no seu envolvimento ou total conhecimento das medidas de cibersegurança implementadas em sua empresa.
Sobre o Capterra:
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