Massagem tântrica reconecta pessoa ao prazer

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O objetivo da terapia é redistribuir as energias sexuais do corpo, expandindo a sensibilidade e proporcionando vivências mais intensas

Também conhecida como “terapia do amor”, a massagem tântrica tem conquistado considerável espaço no setor de saúde e bem-estar, embora ainda seja vista com certo preconceito, tratada muitas vezes como um tabu.

Nascida na Índia há cerca de 4 mil anos, esta filosofia é considerada uma variação do yoga, levando o praticante a expandir a consciência, por meio do corpo, da mente e das emoções.

Modalidade desenvolvida para redistribuir as energias sexuais do corpo, a massagem tântrica cumpre uma função fundamental – expande a sensibilidade e proporciona vivências mais intensas.

Realizada a partir de manobras sutis dos dedos, a massagem tântrica estimula os canais sensoriais de todo o corpo, com os objetivos de despertar a bioeletricidade e a sensorialidade e distribuir a energia equanimemente.

Cabe salientar que a técnica é feita no corpo inteiro, inclusive com toques na vagina e no pênis. Por se tratar de uma terapia, não é e nem envolve masturbação, diferentemente do que muita gente ainda acredita.

A massagem tântrica atua para modificar experiências corporais e sensoriais, especialmente o orgasmo, processo que muitas vezes encontra barreiras para se manifestar em sua plenitude, seja em homens ou mulheres.

A massagem tântrica também age sobre as emoções, dissipando ansiedades e tensões. Ambas dificultam as informações sensoriais responsáveis pelo prazer, orgasmo, relaxamento e equilíbrio geral do corpo.

Além disso, a técnica atua na ampliação da sensibilidade na pele e nos músculos sexuais, transformando a estrutura bioelétrica corporal. Em um entendimento mais profundo, a massagem tântrica abre caminho para a manifestação de curas físicas, emocionais e mentais por meio da sensibilização pelo prazer e afeto.

Para tanto, a chamada sensitive massagem tem sido utilizada para desviar o foco dos genitais e levá-lo ao corpo, que deve ser entendido como a verdadeira fonte de prazer, totalmente orgástico.

A ideia é ainda elevar os níveis de endorfina (hormônio do bem-estar), da serotonina (neurotransmissor na inibição da ira, agressão, temperatura corporal, humor, sono, vômito e apetite) e da ocitocina (hormônio do amor e da empatia). Com isso, acaba-se potencializando as ondas de prazer com orgasmos secos e múltiplos.

Durante o processo faz-se um trabalho consistente nos genitais, de forma a aumentar o tempo de ereção masculina ou a expansão sensorial do clitóris (nas mulheres). A massagem, que acaba tonificando os músculos sexuais, chega a tal ponto que provoca sensibilizações que ativam características diferenciadas na glande peniana e no clitóris.

Lingam e yoni

Palavras em sânscrito, significam vagina e pênis, respectivamente. Enquanto a primeira traduz-se por “marco”, “sinal” ou “inferência”, a segunda expressão, por “origem”, “fonte” ou “ventre”.

Trata-se de uma terapia, de toques leves com os dedos por todo o corpo, que ajuda ambos os sexos a descobrir sensibilidades talvez nunca antes sentidas, com o uso paralelo de óleos, essências, velas, incensos e música relaxante.

É importante ressaltar que nem toda massagem tântrica envolve o yoni (vagina) e o lingam (pênis). Ambos podem até ser estimulados após algumas sessões, visto que, com o passar do tempo, o uso da técnica já abrangeu outras partes do corpo.

Na yoni massagem, o trabalho é intensificado na vagina, incluindo virilha, vulva, lábios internos e externos e clitóris. A ideia é permitir as sensações de diferentes formas de prazer, cumulativas e progressivas.

Para o homem, a lingam massagem promove a chegada a orgasmos múltiplos, secos e ejaculatórios; e aumenta o tempo erétil.

E não esqueça, o massoterapeuta (terapeuta) é o profissional credenciado para a aplicação da massagem tântrica e das demais técnicas relacionadas.