Setor aviário, considerado um pilar do agronegócio brasileiro, deve seguir em ritmo de expansão até o fim do ano.
A avicultura brasileira, considerada um dos principais motores do agronegócio nacional, deve continuar a crescer no segundo semestre deste ano. A expectativa é que, até dezembro, o volume de produção supere os resultados de 2023, consolidando 2024 como um ano ainda mais positivo para o setor.
De acordo com o country manager da Quimtia Brasil, indústria especializada na produção de insumos para nutrição animal, Renato Klu, a perspectiva é para uma produção de aproximadamente 16 milhões de toneladas neste ano, uma quantidade 17% maior que o volume produzido no ano anterior.
“Os primeiros seis meses do ano já foram marcados por números expressivos e um desempenho acima do esperado. Mas com a proximidade do fim de ano, a tendência é que o segundo semestre seja bastante positivo para o consumo de carne de frango, por isso uma expectativa alta para a cadeia produtiva”, afirma o executivo.
Exportação também deve ser positiva
As exportações também devem continuar a crescer até dezembro e fechar o ano de forma favorável. Para o especialista, o envio de produtos para fora do País cresceu em 2023, ultrapassando cinco milhões de toneladas, 6,6% acima que o volume exportado em 2022. Com base nesse aumento recorrente, a perspectiva é de otimismo para 2024.
Atualmente, a China, os Emirados Árabes Unidos e o Japão continuam sendo os maiores importadores da carne de frango brasileira. Para se ter uma ideia, o Brasil chegou a exportar o equivalente a US$9,7 bilhões do produto, em um período de 12 meses. “Isso nos coloca em uma posição de destaque, como o principal exportador de carne de frango a nível mundial”, acrescenta.
Competitividade brasileira coloca o país em evidência
Considerado como dono de uma produção animal altamente sustentável, o Brasil vem sendo enxergado como uma verdadeira referência mundial, principalmente pelo seu alto índice de eficiência produtiva na avicultura.
“Hoje, o Brasil é considerado um porto seguro, em se tratando de produção e exportação da carne de frango de qualidade para o mundo, pois os parâmetros de seguridade na cadeia produtiva são vistos como uma das melhores no âmbito internacional”, afirma.
Produção de ovos também deve crescer
Com um aumento significativo na procura por ovos como opção de proteína, a probabilidade é que haja também um crescimento no volume de sua produção. A previsão é que o consumo Per-Capita chegue próximo a 300 neste ano, obtendo o mesmo patamar alcançado durante a pandemia.
No entanto, por mais que grande parte da produção de ovos seja destinada ao consumo interno, suprindo a demanda de um mercado que valoriza cada vez mais uma proteína de alta qualidade e de baixo custo, algumas projeções para o futuro indicam que o Brasil se torne um possível exportador de ovos.
“Acredito que com o aprimoramento da industrialização de ovos, a exportação desse tipo de produto comece a ganhar força nos próximos anos, o que certamente deve impulsionar significativamente o setor avícola brasileiro”, finaliza Renato Klu.