O empresário Luciano Hang e a Havan lamentam profundamente a decisão do desembargador Ricardo Fontes, que afastou a indenização que a Folha de S. Paulo teria que pagar à varejista e ao seu dono por falsa acusação em matéria jornalística.
Em 2018, a Folha publicou uma notícia acusando falsamente a Havan e Hang de enviarem em massa mensagens no WhatsApp durante as eleições presidenciais de 2018.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já tinha reconhecido que não haviam evidências de que Luciano Hang tivesse feito algo ilegal, absolvendo-o totalmente.
Apesar da acusação da Folha não ter sido comprovada como verdadeira, o desembargador afirmou que não ficou claro se a Havan sofreu algum prejuízo, usando como argumento que é uma empresa bem-sucedida. Em relação a Luciano Hang, o relator disse que o empresário foi apenas mencionado na matéria e, por isso, não foi prejudicado pela publicação.
“É inaceitável que uma acusação falsa, que não foi comprovada, não gere consequências apenas porque a Havan é bem-sucedida. Essa reportagem, com falsas acusações, gerou danos à minha imagem e da empresa. Essa decisão é um verdadeiro absurdo”, avalia o dono da Havan.
Hang e a varejista irão recorrer da decisão, reforçando que o sucesso da empresa não elimina a ilegalidade e os danos causados pela publicação falsa da Folha de S. Paulo.