Executivos precisam de treinamento? 5 mitos sobre o mercado corporativo

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  • Por Natal Pinto –

O aprendizado deve ser sempre contínuo e condizente com as novas mudanças pelas quais o mercado está passando. Em tempos de inteligência artificial, a relação do que se aprende e o que já se torna irrelevante é extremamente cada vez mais próxima.

Além do mais, o CEO, dentro da companhia, é a pessoa que passa os valores da empresa, sendo um deles o aprendizado contínuo. Se o gestor estuda e se capacita, seus liderados veem os resultados e se inspiram para fazer o mesmo.

Defendo que o tipo de treinamento essencial para todos os profissionais de uma empresa é o de inteligência emocional. Para se ter ideia, a Fundação Wadhwani, organização global sem fins lucrativos que tem como objetivo acelerar o desenvolvimento econômico, realizou uma pesquisa global com mais de 2000 empresas.

Os resultados apontam que as soft skills já são consideradas tão ou mais importantes que as chamadas hard skills – de acordo com a pesquisa, 59% das empresas estão dispostas a pagar um salário maior para novos colaboradores com as melhores soft skills.

Conhecer a si mesmo, seus limites e seus potenciais é essencial para que você seja uma pessoa melhor e, consequentemente, um profissional fora da curva. Esse treinamento é importantíssimo para o desenvolvimento das pessoas, já que elas serão capazes de cultivar uma melhor relação consigo e com os outros. O resultado disso é uma performance acima da média, tanto na vida pessoal como nos negócios.

Empresas não crescem; quem cresce são as pessoas que nela estão

Abaixo, aponto e explico os mitos mais comuns acerca do treinamento para líderes e gestores. Afinal, uma mentalidade de fechamento para o desenvolvimento e o aprendizado contínuos prejudica a capacidade de liderar eficazmente em um ambiente empresarial em constante mudança.

É importante desafiar e desmistificar essas crenças para promover uma cultura organizacional que valorize e incentive o desenvolvimento pessoal e profissional de todos os membros da equipe, incluindo os próprios executivos.

1. Executivos não precisam de treinamento, eles já sabem tudo: este é um equívoco comum, pois mesmo os executivos mais experientes têm espaço para crescimento e aprendizado. O ambiente empresarial está em constante evolução, e as melhores práticas de gestão também. Desse modo, os gestores devem identificar a necessidade de atualização constante para se manterem relevantes e eficazes no cenário empresarial.

2. Treinamento é um sinal de fraqueza ou incompetência: pelo contrário, investir em treinamento demonstra um compromisso com o desenvolvimento pessoal e profissional. Afinal, os executivos mais bem-sucedidos são aqueles que reconhecem a importância de melhorar suas habilidades e conhecimentos constantemente.

3. Executivos não têm tempo para treinamento: embora os executivos possam ter agendas lotadas, o treinamento eficaz pode ser adaptado para se encaixar em seus horários. Isso pode incluir treinamento online, sessões de treinamento mais curtas e flexíveis ou até mesmo coaching individualizado. Quem realmente quer se aprimorar no que faz consegue encontrar o modo ideal de treinamento, mesmo em meio a agendas ocupadas.

4. Treinamento é apenas para funcionários de níveis mais baixos: isso não poderia estar mais longe da verdade. Os executivos podem se beneficiar enormemente do treinamento, especialmente em áreas como liderança, gestão de tempo, habilidades de comunicação e estratégia empresarial. O desenvolvimento de habilidades é crucial em todos os níveis da companhia, incluindo os executivos.

5. Treinamento é caro e não traz retorno sobre o investimento: mesmo que o treinamento possa ter um custo inicial, os benefícios a longo prazo podem superar significativamente esse investimento. Funcionários mais bem-treinados tendem a ser mais produtivos, engajados e capazes de contribuir para o sucesso geral da empresa. Basta apenas ver as companhias que alcançaram sucesso significativo por meio do investimento em treinamento executivo.

*Natal Pinto é fundador e CEO da InMerc Escola de Negócios, CEO da VDPrev Advocacia e profissional com 20 anos de experiência em liderança