Entenda os impactos da alimentação na saúde mental

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O valor nutricional da nossa dieta pode interferir diretamente na forma como nos sentimos, podendo potencializar sentimentos negativos ou positivos

Muito se fala sobre a importância de estabelecer uma alimentação saudável para o bem-estar físico. Contudo, adotar uma dieta com todos os grupos nutricionais não é benéfico somente para o nosso corpo, pois também causa impactos diretos no que diz respeito à saúde mental. Diversos estudos já comprovaram que o termo “você é o que você come” possui um fundo de verdade.

Em 2020, uma pesquisa publicada na National Library of Medicine divulgou alguns dos efeitos que os alimentos podem ter no nosso cérebro. Ao longo de oito anos, pesquisadores britânicos acompanharam os hábitos alimentares de aproximadamente 118 mil pessoas, buscando traçar paralelos entre sua dieta e possíveis quadros depressivos.

No estudo, foi observado que as pessoas que sofriam de depressão tinham padrões alimentares semelhantes, que geralmente não incluíam consumo de leite e derivados. Esses indivíduos também tinham o hábito de tomar suplementos alimentares, principalmente de vitaminas do complexo B.

Por outro lado, as pessoas que seguiam uma rotina alimentar mais saudável apresentaram quadros de humor mais positivos, com menos problemas relacionados à depressão, ansiedade e distúrbios do sono. Suas dietas eram compostas por todos os principais grupos alimentares, incluindo legumes, verduras, vegetais, grãos, frutas, carne branca, peixes e frutos-do-mar.

Esses dados apenas reforçam que o valor nutricional dos alimentos que consumimos diariamente tem grande poder sobre nossa saúde mental. Ao priorizar uma alimentação saudável, a variedade de nutrientes garante diversos benefícios com efeitos antioxidantes, anti-inflamatórios e calmantes. Algumas refeições podem até mesmo estimular a produção de serotonina, o hormônio da felicidade.

De acordo com os especialistas, a melhor alternativa é apostar em refeições variadas, que incluem diversos ingredientes de diferentes grupos alimentares. Nutrientes como ômega-3, fibras, probióticos, potássio, vitaminas B e C são alguns dos principais aliados da saúde mental; eles podem ser encontrados em abundância em alimentos como peixes, azeite, frutas, vegetais e carne branca – todos indispensáveis para se levar uma vida saudável.

Em contrapartida, existem os alimentos que promovem o efeito contrário, nos deixando mais vulneráveis a desenvolver distúrbios variados. Aqui entram os ultraprocessados, fast food, carne vermelha, cafeína e álcool. Quando presentes em abundância, todos eles podem colocar a saúde mental em risco, então o ideal é controlar bem o seu consumo e não deixar que se sobressaiam às opções saudáveis.

A suplementação também não é proibida, mas vale mais em casos em que não é possível atingir os níveis nutricionais adequados através da alimentação. Suplementos como a glutamina podem ajudar a manter o corpo dentro do seu estado mais saudável, mas é importante manter um acompanhamento médico regular para avaliar até que ponto será necessário fazer uso desse tipo de produto.