Após duas mortes, 23 casos suspeitos e 33 confirmados de leptospirose nas cidades atingidas pelas enchentes no Rio Grande do Sul, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) encaminhou, nesta quinta-feira (23), documento no qual cobra do Ministério da Saúde o envio de equipamentos de proteção individual (EPIs) aos moradores.
A suspeita é de que as contaminações com a bactéria causadora da doença tenham ocorrido durante as operações de limpeza das casas, comércios e estabelecimentos públicos.
“A lama podre que se acumula em locais nos quais as águas baixaram e a grande quantidade de detrito que se acumula em vários pontos do estado são os habitats ideais para que a leptospirose se dissemine”, alerta a parlamentar brasiliense no documento.
Para a parlamentar, o envio de máscaras, luvas, botas e roupas de proteção podem ajudar na prevenção não somente da leptospirosse, mas também de outras doenças como a hepatite A, também endêmica em áreas que sofreram enchente.
A doença
De acordo com o Ministério da Saúde, a leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda que é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bactéria Leptospira.
O período de incubação da doença, ou seja, intervalo de tempo entre a transmissão da infecção até o início das manifestações dos sinais e sintomas, pode variar de 1 a 30 dias e normalmente ocorre entre 7 a 14 dias após a exposição a situações de risco.
“A doença apresenta elevada incidência em determinadas áreas além do risco de letalidade, que pode chegar a 40% nos casos mais graves. Sua ocorrência está relacionada às condições precárias de infraestrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados. As inundações propiciam a disseminação e a persistência da bactéria no ambiente, facilitando a ocorrência de surtos”, informa a pasta.
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