Riscos de doenças em alagamentos demandam atenção 

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Especialista orienta sobre doenças mais frequentes e cuidados   

  

No Rio Grande do Sul, as enchentes se configuram como um problema recorrente, causando não apenas danos materiais, mas também elevando o risco de diversas doenças. No período pós-enchente, a população enfrenta a ameaça de enfermidades como leptospirose, hepatite A, e infecções de pele, agravadas pela contaminação da água e do solo. A proliferação de vetores, como mosquitos transmissores de dengue, também se intensifica, tornando ainda mais urgente a adoção de medidas de prevenção e cuidados com a saúde. 

Segundo a enfermeira e coordenadora do curso Técnico em Enfermagem da Escola Técnica Fundatec (ETF), Tatiane Menezes, a dengue tende a ser uma das doenças mais frequentes devido ao acúmulo de água, propício à proliferação dos mosquitos. Casos de leptospirose, em decorrência do contato com água contaminada, e hepatite A também são esperados. “Estas doenças se intensificam no pós-enchentes pela quantidade de água contaminada e lixo”, alerta a enfermeira.  

Tatiane detalha que na dengue, os pacientes apresentam febre alta, dores musculares, prostração e cefaleia. Já na leptospirose, os sintomas incluem cefaleia, dor muscular, falta de apetite, náuseas e vômitos, podendo causar diarreia. Para a hepatite A, os sinais mais comuns são fadiga, mal-estar, febre, vômitos, dor abdominal e urina escura.   

A enfermeira aconselha que, devido à semelhança dos sintomas entre essas doenças, é fundamental procurar atendimento médico para uma avaliação adequada. “Assim que identificados os sintomas, é indicado procurar um serviço de atendimento médico para avaliação”, enfatiza.  

Tatiane também destaca a importância de divulgar medidas preventivas que muitas vezes não recebem a devida atenção na mídia. “É essencial orientar sobre o uso de sapatos impermeáveis para contato com água contaminada, luvas de borracha e a utilização de produtos de limpeza e saneantes”, finaliza. Essas práticas podem ser decisivas para evitar complicações de saúde em situações pós-enchentes.