Junho Verde: cerca de 6 milhões de brasileiros sofrem com a doença

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Na semana de conscientização da escoliose, o Dr Marco Aurélio S. Neves alerta a importância da PREVENÇÃO para que a patologia não se torne algo grave

Junho Verde é mês de conscientização mundial da escoliose. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a escoliose acomete cerca de 2% da população mundial e tem diversas causas, afetando mais crianças e idosos. Ainda segundo a OMS, no Brasil, existem mais de 6 milhões de brasileiros que têm um encurvamento anormal da coluna vertical e, aproximadamente, 160 mil precisam de tratamento cirúrgico.

Segundo o Dr. Marco Aurélio S. Neves, ortopedista e traumatologista especializado em cirurgia de prótese de quadril via anterior (AMIS) e de joelho, a escoliose é uma doença que pode ser facilmente diagnosticada com exames clínicos que identificam as curvaturas em S ou em C. “Vale ressaltar que é uma doença que sofre progressão ao longo do tempo e pode agravar com o passar dos anos. Por isso, o quanto antes o problema for detectado e tratado, mais fácil se torna reduzir o grau da escoliose”.

O especialista destaca que a escoliose quando não tratada adequadamente na adolescência pode gerar inúmeras complicações na vida adulta, chegando a ser muito dolorosa e, em alguns casos até limitar as atividades normais. “As tarefas diárias começam a ficar cada vez mais difíceis de serem realizadas, se torna cansativo e doloroso ficar de pé por muito tempo, ou ainda, permanecer sentado na cadeira do escritório enquanto trabalha”

Com a curvatura cada vez mais acentuada, as dores passam a ser mais frequentes e a alteração da postura da coluna fica mais evidente. As principais características e sintomas da escoliose são um ombro mais alto que o outro, ombros ou quadris assimétricos, pélvis inclinada para um lado, roupas não se encaixam corretamente, comprimento das pernas irregulares e dor na musculatura.

Já para as mulheres gestantes o problema acaba sendo pior já que durante a gestação, com crescimento do útero e do bebê, o diafragma pode ser pressionado, dificultando a respiração e as dores nas costas são mais intensas.

A indicação para o tratamento da escoliose são exercícios específicos com uma abordagem de autocorreção ativa tridimensional que leva em conta, primeiramente, a mobilização da curva primária na direção da correção sem permitir o aumento dos desníveis seja de cintura pélvica ou escapular.

O objetivo é que progressivamente haja correção simultânea das curvas existentes, obtendo-se uma estabilização ativa da posição corrigida e incorporada como hábit -> ural. “Curvas pequenas, moderadas ou importantes podem ser tratadas, mas é importante destacar que a eficiência da terapia depende muito da flexibilidade da curva e do comprometimento do paciente, no que diz respeito à frequência solicitada e à execução correta dos exercícios”.

Para o Dr. Marco Aurélio a melhor opção é a PREVENÇÃO, diagnosticar o problema o quanto antes e prevenir a progressão dos diferentes tipos de escoliose. “Minha orientação é buscar ajuda médica nos primeiros sintomas e não deixar para depois. A prevenção e a realização correta do tratamento indicado pelo ortopedista são fundamentais para garantir a qualidade de vida”, finaliza.