Alertas sobre os perigos das doenças inflamatórias intestinais e incentiva a população a adotar hábitos alimentares mais saudáveis
Lentamente os perigos e sinais das doenças inflamatórias intestinais (DII) vem sendo mais difundidos na TV e internet, estimulando uma importante conscientização. Esse grupo de enfermidades enquadra diversos problemas de saúde crônicos que afetam diretamente o sistema digestivo, causando sintomas variados e afetando o quadro de saúde do indivíduo em diferentes intensidades.
As DIIs mais famosas são a retocolite ulcerativa e a doença de Crohn, duas enfermidades que se assemelham por afetarem o intestino grosso e por não terem causas identificáveis. Os sintomas mais frequentes incluem cólica abdominal, diarreia, perda de peso e sangue nas fezes, mas tudo varia de acordo com a doença e com o organismo do indivíduo.
Por se tratar de doenças crônicas, as DIIs não possuem cura e costumam se manifestar em forma de crises, podendo durar meses, sem interrupções. Contudo, existem tratamentos para cada uma delas, visando amenizar seus sintomas e proporcionar maior qualidade de vida. O objetivo não é curar, mas, sim, controlar as crises e garantir que elas sejam menos intensas.
Qual o papel da alimentação?
A alimentação desempenha um papel crucial na rotina daqueles que convivem com alguma doença inflamatória intestinal, podendo aliviar ou agravar seus sintomas. Por ter um sistema digestivo mais sensível, essas pessoas acabam precisando adotar uma dieta mais equilibrada, priorizando alimentos mais nutritivos e evitando tudo que desencadeie reações mais agressivas ao intestino.
As fibras precisam estar presentes em todas as refeições, pois podem ser facilmente fragmentadas e digeridas. Nesse quesito, a variedade de alimentos é grande, incluindo frutas (secas ou frescas), cereais integrais, hortaliças e leguminosas. É possível optar por receitas com legumes cozidos e diversas outras opções de preparo, evitando apenas as frituras devido ao uso do óleo, que costuma ser agressivo para o sistema digestivo.
A água também tem uma participação fundamental no processo de digestão, então, quanto mais água se beber ao longo do dia, melhor! Os especialistas recomendam que todos mantenham uma meta diária de dois litros, sendo a média considerada adequada para manter o organismo funcionando dentro do esperado. Um corpo hidratado digere alimentos mais rapidamente e consegue eliminar diversas toxinas através da urina.
A forma como se come também deve ser levada em consideração. O ideal é comer sempre devagar e mastigando bem os alimentos, evitando beber líquidos durante as refeições. No caso de quem tem uma DII, também é recomendado comer em menores quantidades, fazendo mais refeições ao longo do dia. Dessa forma, é possível se manter satisfeito sem exigir demais do sistema digestivo.