Asma: saiba como combater os sintomas da doença, que afeta 23,2% da população brasileira

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Por ser uma doença crônica e sem cura, evidencia-se a importância de tratamento e cuidados diários para amenizar e evitar o surgimento de crises

A asma é uma doença que afeta o sistema respiratório, causando inflamação dos pulmões e brônquios, aumentando a produção e o acúmulo de secreção e dificultando a respiração. A enfermidade é considerada uma doença crônica, ou seja, possui um desenvolvimento lento e de longa duração nas pessoas afetadas, não havendo cura. As crises costumam surgir como uma reação alérgica, sendo importante realizar o tratamento com medicamentos e evitar ambientes inadequados. Confira, a seguir, mais detalhes sobre a doença e o que fazer para tratá-la e evitar as crises.

Dia Mundial da Asma
A Organização Mundial de Saúde (OMS), adotando a recomendação de organizações que pesquisam sobre a doença, definiu que toda primeira terça-feira do mês de maio é considerada o Dia Mundial da Asma. Essa medida é importante para aumentar a conscientização sobre a doença, estimulando os governos locais a divulgar informações pertinentes para a população, como sintomas mais frequentes e outras orientações de onde, como e quando procurar atendimento médico especializado.

A asma no Brasil
No Brasil, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, cerca de 23,2% da população vive com a doença, o que corresponde a aproximadamente 49 milhões de pessoas.

No Sistema Único de Saúde (SUS), desde 2011, são fornecidos os medicamentos necessários para o tratamento da doença de maneira gratuita, através do Programa Farmácia Popular. Fazem parte do programa medicamentos como brometo de ipratrópio, dirpoprionato de beclometasona e sulfato de salbutamol.

Principais sintomas
Dificuldade para respirar e falta de ar
Respiração irregular
Tosse persistente
Chiado no peito
Fadiga

Causas da doença
A asma pode afetar pessoas independentemente da idade, apesar de ser mais frequente em crianças. Ela é considerada uma doença heterogênea, não havendo uma razão clara para o seu desenvolvimento. Entretanto, especialistas acreditam que ela tem origem em um conjunto de fatores, sendo eles genéticos, alimentares e em relação ao ambiente.

Alguns indivíduos podem ter predisposição genética a desenvolverem algum tipo de alergia respiratória, que é desencadeada com a presença de substâncias alérgenas no ambiente.

Quais fatores podem desencadear uma crise
Substâncias alérgenas no ar como poeira, ácaros, pelos de animais, pólen e mofo
Cheiros fortes como perfumes e produtos de limpeza
Fumaças de cigarro, de queimadas e poluição urbana
Atividade física
Mudanças bruscas do clima
Mudanças no humor como situações de estresse ou ansiedade

Principais tratamentos
Cada indivíduo é diferente, podendo ser mais sensível a um tipo de situação ou substância. Por isso, é importante realizar o acompanhamento médico de maneira regular para avaliar cada caso.

Para o alívio de sintomas, podem ser recomendados medicamentos corticoides tópicos e broncodilatadores, utilizados para evitar o estreitamento das vias aéreas.

A realização de fisioterapia respiratória, com o auxílio de profissionais graduados na faculdade de fisioterapia, é uma solução não medicamentosa que aumenta o bem-estar e a qualidade de vida de pessoas que vivem com a doença. A técnica fortalece os órgãos respiratórios, aumenta a capacidade pulmonar do indivíduo, facilita a liberação das secreções, melhora a qualidade do sono, entre outras vantagens.

Como evitar crises
A principal medida para evitar o aparecimento de crises é cuidar do ambiente para que as substâncias alérgenas não se acumulem. Para a remoção da sujeira da casa, é importante priorizar a utilização de aspirador de pó e panos úmidos, evitar o uso de vassoura (que levanta poeira) e de produtos de limpeza com cheiros fortes.

Ambientes públicos com aglomeração de pessoas ou com presença de fumaça e poluição também devem ser evitados.

Além disso, é importante manter a vacinação contra doenças respiratórias como gripe e covid-19 em dia, já que podem sobrecarregar o sistema respiratório.