Apenas 1 em cada 10 formados nos maiores cursos do Brasil conquista vaga equivalente a seu nível de formação

Read Time:3 Minute, 38 Second

Palestra de Fernanda Verdolin, fundadora da edtech Workalove, no XVI CBESP trouxe à tona a importância de instituições de ensino superior investirem em uma formação profissional de qualidade com foco na empregabilidade dos estudantes

Junho de 2024 – Dentre os 67 mil egressos nos dez principais cursos de ensino superior do Brasil, apenas 9 mil conseguem vagas de emprego condizentes com sua formação. Os dados são da Geofusion, e foram apresentados por Fernanda Verdolin, CEO e fundadora da edtech Workalove, plataforma de orientação e desenvolvimento de carreiras do Pravaler, durante o painel “Educação Profissional e Tecnológica na Promoção do Desenvolvimento Nacional”, que ocorreu no XVI CBESP.

A executiva destacou na apresentação a importância de entendermos melhor a era da trabalhabilidade, e o que isso significa em especial para os estudantes da geração atual. Segundo ela, nessa nova era, o modelo de progressão da jornada profissional tem se tornado cada vez menos linear e cada vez mais marcado por uma maior importância de habilidades comportamentais (as chamadas soft skills) e avanços tecnológicos.

 

“Os alunos, hoje, precisam se preparar para assumirem entre 6 a 15 carreiras distintas ao longo de sua jornada profissional”, explicou. “Enquanto isso, nosso sistema educacional ainda segue os moldes mais tradicionais, preparando o estudante para uma abordagem datada em relação às necessidades dos universitários, e não desenvolvendo a flexibilidade necessária para a era da trabalhabilidade”, complementou.

Tal panorama, somado à cada vez mais constante automação de inúmeras carreiras, corroboram com os dados divulgados pela Geofusion: apenas 1 em cada 10 formandos nos cursos mais relevantes do país conseguem um emprego que condiz com seu nível de formação, informação que gera preocupação para os especialistas.

Recentemente, o Ministério da Educação (MEC) propôs, por meio do relatório Indicadores de Qualidade da Educação Superior, 2022 (IDD, CPC e IGC) divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), incluir a empregabilidade e a formação dos egressos como fatores de avaliação no que diz respeito à qualidade das universidades do país. “Esse movimento reflete o profundo reconhecimento da necessidade de alinhar a formação acadêmica com as demandas do mercado de trabalho, sendo um passo extremamente significativo para garantir que os futuros profissionais estejam adequadamente preparados para os desafios do cenário atual que segue em constante evolução”, complementa Fernanda Verdolin.

A trabalhabilidade como diferencial competitivo para as instituições de ensino

 

Durante o evento, Fernanda Verdolin também realizou o lançamento de seu novo livro “A trabalhabilidade como diferencial competitivo”. Nele, a especialista discorre sobre como implantar a cultura de carreiras nas instituições de ensino superior pode não somente melhorar as perspectivas em relação ao futuro do trabalho para os jovens estudantes, como também podem servir como um diferencial competitivo para as próprias universidades, ao passo em que as mesmas estarão mais preparadas para formar estudantes para o mercado de trabalho e seus desafios.

De acordo com a fundadora da Workalove, para as universidades, é necessário que haja um alinhamento entre os planos pedagógicos da universidade e o futuro do trabalho por meio de estratégias, como ensino dual, promoção de estágios, mentoria, desenvolvimento de soft skills, microcertificações e aprendizagem de resolução de problemas. “Para isso, é essencial que essa conexão se mantenha atualizada, e o uso da tecnologia como indicador de empregabilidade é primordial para aumentar as chances de oportunidades para os estudantes”, conclui.

 

Sobre o Pravaler
O Pravaler é a principal plataforma de acesso e soluções para o ecossistema de educação do Brasil. A companhia, que foi a primeira fintech fundada no País, figurando entre as mais importantes, segundo estudo publicado pela KPMG, também se tornou a primeira edfintech brasileira. Com processo de contratação de seus serviços 100% online e menos burocrático, a empresa tem como filosofia gerar oportunidades educacionais, potencializando o que há de melhor na sociedade. No mercado há 22 anos, tem entre seus principais acionistas o Banco Itaú e, em 2021, fez sua. Em 2023 adquiriu a Workalove, edtech de orientação e desenvolvimento de carreira, com objetivo de contribuir com toda a jornada acadêmica e profissional do estudante. Nos anos de 2020, 2021 e 2022, foi listada entre as empresas que crescem mais rápido nas Américas pelo Financial Times. Com faturamento de R$ 382 milhões e mais de 450 colaboradores apaixonados por educação, a companhia tem como meta ampliar o acesso à educação e contribuir para a transformação da vida de muitas pessoas.