O crescimento do acesso à internet no Brasil reflete uma evolução significativa nas dinâmicas sociais e de inclusão digital.
Conforme recentes estatísticas, a conectividade avança, rompendo barreiras geográficas e socioeconômicas, e integrando um contingente cada vez maior de brasileiros ao universo digital.
Esta tendência emergente destaca a crescente importância da internet como ferramenta essencial para educação, trabalho e entretenimento, reforçando seu papel como um direito fundamental na era moderna.
À medida que o país se digitaliza, avaliamos as implicações desse avanço para as diversas camadas da população, explorando tanto os progressos quanto os desafios que estão moldando o acesso digital no Brasil.
Cresce acesso à internet no Brasil
O acesso à internet no Brasil cresceu significativamente, evidenciando mudanças no comportamento social e econômico do país.
Uma comparação anual entre 2022 e 2023 mostra um aumento notável no número de brasileiros conectados à grande rede.
Segundo dados recentes da pesquisa TIC Domicílios 2023, divulgada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), 84% dos brasileiros disseram ter acessado a internet em 2023, um aumento de 3% em relação ao ano anterior.
Isso representa um total de 156 milhões de pessoas que têm acesso à internet no Brasil.
Este crescimento é mais evidente em áreas urbanas, onde 85% dos residentes afirmaram usar a internet.
As zonas rurais, não muito distantes na porcentagem, registraram 78%.
Esse avanço sugere o progresso na infraestrutura de acesso à internet, incluindo a expansão dos serviços de banda larga e cobertura de telefonia móvel, mesmo em locais menos populosos e mais distantes dos grandes centros urbanos.
Outros dados sobre acesso à internet no Brasil
O panorama regional do acesso à internet no Brasil mostra que a região Sul lidera com 88% de seus habitantes online, seguido de perto pelo Sudeste com 87%.
O Centro-Oeste aparece com 85%, enquanto o Nordeste registra 79% e a região Norte é a última do ranking, com 78%.
A disparidade regional reflete não apenas a diversidade socioeconômica, mas também os desafios logísticos e de investimento em infraestrutura digital que são particulares a cada região quanto ao acesso à internet no Brasil.
Quando analisamos o perfil demográfico do usuário de internet no Brasil, encontramos uma predominância feminina, majoritariamente de indivíduos que se autodeclaram brancos, na faixa etária de 16 a 24 anos e com ensino superior completo.
Além disso, observa-se que o acesso à internet está intimamente ligado a estratos sociais mais elevados, com 97% da classe A e 95% da classe B relatando uso da rede.
A classe C contabiliza 88%, enquanto os estratos D e E representam a menor fatia com 69%.
Curiosamente, o acesso à internet no Brasil apresenta-se altamente penetrante entre os jovens, com mais de 90% dos indivíduos entre 10 e 44 anos navegando online, o que sublinha a importância da conectividade para a educação, o trabalho e o lazer dessa geração.
Contudo, dentre os entrevistados com 60 anos ou mais, o acesso cai para 51%, apontando para uma significativa lacuna digital que afeta principalmente os idosos.
Os números da pesquisa TIC Domicílios 2023 enfatizam não apenas a relevância do acesso à internet como um indicador de desenvolvimento social e econômico, mas também apontam para a necessidade contínua de políticas públicas que promovam a inclusão digital em todas as faixas etárias e regiões do Brasil.
Mudanças aconteceram em menos de um ano
Em 2022, cerca de quinze milhões de domicílios brasileiros ainda estavam alheios à revolução digital que transforma o modo de viver contemporâneo, sem acesso à internet – um número que corresponde a 20% do total de lares no país.
A desconexão digital, desvendada por uma pesquisa do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), era mais acentuada nas regiões Norte e Nordeste.
Nestes locais, 24% e 22% das residências, respectivamente, estavam desligadas da rede mundial de computadores.
Essa carência de infraestrutura digital compromete não apenas a evolução econômica e a educação, mas também a cidadania plena.
Afinal, com a crescente digitalização de serviços públicos e privados, estar online não é mais um luxo, mas um requisito fundamental para a participação ativa na sociedade e no exercício dos direitos cívicos e democráticos.
A importância do acesso de internet de qualidade
O acesso à internet de qualidade é uma porta de entrada para inúmeras oportunidades, e novas empresas emergentes estão reconhecendo esse potencial nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.
Empenhadas em diminuir o hiato digital, essas companhias estão trazendo esperança para locais onde a conectividade sempre foi desafiadora.
Áreas como Parauapebas, Imperatriz e Marabá, historicamente marcadas por limitações infraestruturais, estão na mira de startups de tecnologia e provedores de serviços de internet dedicados a expandir sua atuação.
Em Parauapebas, o crescimento econômico fomentado pela mineração agora tem o potencial de ser amplificado com o investimento em banda larga.
A tecnologia é um vetor de desenvolvimento e, ao oferecer serviços de internet em Parauapebas mais estáveis e rápidos, a cidade poderá alavancar ainda mais seu desempenho econômico e social.
Similarmente, a internet em Imperatriz, o segundo maior polo econômico do Maranhão, com a chegada de novas operadoras permite aos moradores e empresas locais uma conexão confiável, essencial para o progresso e a inovação na região.
Já a internet em Marabá, cidade conhecida pelo seu papel na siderurgia, tem o poder de transformar o panorama educacional e de negócios, oferecendo ferramentas digitais imprescindíveis para expandir tanto o conhecimento quanto os mercados.
Somando-se a esses esforços, diversas iniciativas governamentais e parcerias privadas trabalham para garantir que moradores dessas localidades não apenas tenham acesso à internet, mas que ela seja um instrumento de justiça social.
Afinal, ao democratizar o acesso à internet no Brasil, há uma democratização de informações e serviços, garantindo um pilar fundamental da cidadania moderna.