A Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA), um dos principais players na produção de bioenergia em Minas Gerais e no Brasil, anuncia investimentos de R$ 3,5 bilhões até 2033 na expansão da capacidade de moagem e produção de açúcar e etanol das três unidades agroindustriais localizadas em Uberaba, Limeira do Oeste e Canápolis, todas no Triângulo Mineiro. O plano inclui a criação de mais 3.000 empregos diretos, que se somarão aos atuais 4 mil postos de trabalho.
Com esse aporte, o faturamento anual da CMAA saltará de R$ 3 bilhões estimados para este ano para cerca de R$ 4 bilhões em 2025.
“Confiamos no contínuo crescimento do mercado sucroenergético e no potencial do Triângulo Mineiro para aumento da produção de açúcar e etanol. Definimos uma série de investimentos em nossas três plantas, renovando o compromisso com esse setor, vital para o desenvolvimento socioeconômico e sustentável de Minas Gerais e do país”, assinala Carlos Eduardo Turchetto Santos, CEO da CMAA.
A CMAA tem capacidade para processamento de 10 milhões de toneladas de cana e vem de um ano com resultados positivos, com aumento de 16,5% em receita líquida em 2023/2024 (R$ 2,54 bilhões) em relação a 2022/2023.
A estimativa é crescer 12% em 2024/2025, atingindo cerca de R$ 3 bilhões de faturamento. Esse resultado será puxado pela produção de açúcar, que supera 700 mil toneladas. A produção de etanol deve ser 2,9% menor, atingindo 340 mil m3. A produção de energia ficará em 380 mil MWh.
Os investimentos e o desempenho da CMAA e do setor sucroenergético em Minas Gerais foram anunciados na 7ª edição da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais, o Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool do Estado de Minas Gerais (SIAMIG), no munício de Uberaba – MG.
A produção sucroenergética em Minas Gerais também cresceu no ciclo 2023/2024. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o estado produziu 81,4 milhões de toneladas de cana, com crescimento de 15,4% sobre o ano anterior. Minas Gerais (81,3 milhões de toneladas) representou 11,4% da produção nacional, que foi de 713,2 milhões de toneladas no ano passado.
“O setor sucroenergético é uma das mais importantes cadeias produtivas do agronegócio de Minas Gerais e do país, gerando emprego e renda e se consolidando como uma fonte estratégica na transição energética para a economia de baixo carbono. Além disso, representa uma importante alternativa de energia renovável e mitigação do risco das mudanças climáticas que impactam o planeta”, ressalta o CEO da CMAA.
Valorização das pessoas, produção sustentável e economia circular
A Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA) foi criada em 2006 pelo Grupo JF Citrus com o objetivo de levar para o setor sucroenergético a eficiência na gestão dos processos agroindustriais, suportado por uma forte agenda de sustentabilidade e governança corporativa. A empresa tem presença em 15 municípios mineiros.
A atenção à produção sustentável resultou no reconhecimento da CMAA como “Empresa Amiga da Criança”, fornecido pela Abrinq, e as Certificações Renovabio e Bonsucro, que conferem o selo de qualidade na produção de forma responsável e conformidade ao longo da cadeia da produção de energia renovável. O selo é essencial para exportação para a Ásia e a União Europeia.
A empresa empenha-se na construção de um ambiente de trabalho diverso e inclusivo, com várias ações voltadas para contratação e retenção de pessoas com deficiência e formação e desenvolvimento de mulheres com foco no aumento da representatividade feminina.
Destaque, também, aos investimentos destinados à melhoria contínua dos processos com foco na economia de baixo carbono em toda a cadeia de produção. A empresa comercializa cerca de 400 mil créditos de carbono por ano – o que representa 400 mil toneladas de carbono que deixam de ser emitidos.
A mais moderna tecnologia é utilizada para otimização dos processos industriais e agricultura de precisão nos mais de 130 mil hectares de área plantada. Esse conceito garante o modelo de economia circular em toda a cadeia produtiva. Um exemplo é a produção de energia elétrica a partir do reaproveitamento do bagaço, subproduto obtido com a moagem da cana. A bioenergia produzida garante a autossuficiência das unidades industriais e seu excedente é comercializado no sistema nacional.
Com o reaproveitamento de subprodutos gerados, a CMAA substituiu a adubação química pela orgânica. Esses subprodutos são reprocessados nos pátios de compostagem e nas fábricas de fertilizantes organominerais, aumentando a produtividade e contribuindo para a descarbonização.
Já no manejo de solo são adotadas práticas agrícolas modernas, como mecanização de 100% do plantio e da colheita. Outro pilar estratégico é o investimento na implementação do sistema de irrigação em áreas com déficit hídrico. O sistema funciona com base na automação e na tecnologia de precisão na captação e aplicação racional da água.
Todas essas iniciativas de inovação, em conjunto, resultam na evolução do rendimento agroindustrial. Com o aumento de produtividade em áreas já cultivadas, a CMAA reduziu a necessidade de expansão para novas áreas de canaviais, promovendo a preservação da biodiversidade e contribuindo para mitigar os impactos das mudanças climáticas.
O aprimoramento dos processos é suportado pela integração de dados e conectividade no campo, além de soluções automatizadas de Inteligência Artificial que garantem nível superior de controle dos processos agroindustriais.
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