Por Christian Speyer
A segurança tornou-se uma prioridade incontestável para estabelecimentos privados e residências no país nos últimos anos. Em São Paulo, a maior cidade do Brasil, dados divulgados pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) indicam que, somente entre janeiro e agosto de 2023, ocorreram 2.600 furtos e roubos a residências.
Enfrentar esse desafio constante requer diversas iniciativas, sendo as cercas elétricas reconhecidas como um componente essencial desse sistema de segurança. Essas barreiras são parte integrante de um conjunto abrangente, que inclui ainda cercamento apropriado, instalação de câmeras e sensores, além da contratação de sistemas de alarme.
Quais são as principais diferenças entre as cercas elétricas?
As cercas elétricas, comumente aplicadas sobre muros ou grades, muitas vezes em conjunto com outros materiais, como as concertinas, desempenham um papel crucial nesse contexto. Essas estruturas fazem parte de um sistema de segurança que desestimula invasões, principalmente pela intimidação que exercem. Ao perceberem a presença de uma cerca elétrica, acompanhada de câmeras de monitoramento, possíveis invasores tendem a buscar casas mais vulneráveis.
A diferença entre uma cerca convencional e uma elétrica é que na primeira opção é utilizada a barreira física (a resistência da cerca), enquanto uma cerca elétrica utiliza a corrente elétrica como forma de barrar uma possível invasão. Portanto, para que uma cerca elétrica tenha qualidade, não é necessário que ela seja apenas resistente, mas sim que tenha boa capacidade de condutibilidade elétrica em toda a sua extensão.
Atualmente, existem dois tipos principais de cercas elétricas no mercado: as de uso rural e as de uso urbano. No contexto urbano, diversas alternativas consistem na improvisação de arames comuns de diâmetros finos, com baixa resistência à tração, resultando em quebras frequentes e necessidade de manutenção.
A variação entre as cercas elétricas inclui o número de fios e o tipo de tensão. Há opções que variam de 3 a 12 fios, o que pode alterar o diâmetro do arame e torná-lo mais resistente, além de diferentes níveis de voltagem, aplicados de acordo com as normas técnicas.
A importância da qualidade do arame em uma cerca elétrica
A qualidade dos arames desempenha um papel crucial na efetividade da cerca elétrica, evitando falsos alarmes causados por quebras ou toques acidentais. Se forem muito finos, são propensos a rompimentos, resultando em interrupções desnecessárias e perda de tempo no sistema de segurança.
Além disto, é crucial proteger estes itens contra a ferrugem, que tende a interromper a passagem da corrente elétrica – e o que o protege contra a corrosão é o zinco. Portanto, é importante contar com arames que possuem uma camada pesada desse elemento, oferecendo maior proteção contra a corrosão e contribuindo para assegurar a passagem da corrente elétrica por toda a extensão do arame.
Neste sentido, ao optar por um arame de qualidade, destaca-se a facilidade de instalação e a baixa necessidade de manutenção, além da qualidade necessária para assegurar a durabilidade do sistema.
Alcançar a proteção domiciliar é uma empreitada complexa que engloba diversos fatores. Contudo, a escolha criteriosa de cercas elétricas, produzidas com um arame de qualidade, representa um ponto de partida significativo para aprimorar toda a rede de proteção e é um primeiro passo fundamental para alcançar a tão almejada segurança residencial.
Christian Speyer é Gerente de Marketing da Morlan, metalúrgica brasileira com forte atuação nos mercados de agropecuária, construção civil e industrial.