Segundo Tintori, o tratamento mais eficaz para diminuir os sintomas é a reposição hormonal. “Se bem indicada, a terapia é capaz de transformar a vida da mulher, devolvendo a qualidade de vida. Porém, é contraindicada para pacientes que tiveram câncer de mama, lúpus e trombose”, explica e ressalta que fitoterápicos com indicação médica também podem amenizar os sintomas.
Depois de muito desgaste físico e mental por conta da menopausa, Elisabeth decidiu iniciar a reposição hormonal em 2023 para conter os sintomas. “Foi o mesmo que renascer das cinzas e me sinto com 20 anos novamente. Tenho uma rotina muito melhor e disposição para realizar o meu trabalho com excelência”, comemora.
Cuidar do emocional e mental ajuda a passar pelo processo
Físico e emocional andam juntos e treinar a mente também é importante para passar pelas mudanças hormonais, segundo o neuropsicólogo Eduardo Shinyashiki. “É preciso conviver harmoniosamente com esse momento para que ele seja mais leve. Uma dica é cultivar pensamentos que tragam bem-estar e não pensamentos desagradáveis que despertam emoções limitantes como autojulgamento e culpa”, ensina.
O especialista reforça ainda que é o momento de contar com a rede de apoio. “Seja na vida pessoal ou no trabalho, não se isole, mas cerque-se de pessoas que lhe apoiem, troque ideias, fale dos seus sentimentos, converse e divida as preocupações”, indica.
Com atenção e respeito às alterações biológicas e desmistificando tabus em torno do tema, todos têm a ganhar: as mulheres mais qualidade de vida e o mercado de trabalho mais experiência. “Mulheres na faixa etária da menopausa consolidam uma riqueza de experiências, habilidades e competências que são verdadeiros tesouros a serem valorizados pelas empresas”, finaliza Shinyashiki.