No mês dedicado à Mulher, a realidade econômica enfrentada por empreendedoras no Brasil ganha destaque. Uma pesquisa recente, “Empreendedoras e Seus Negócios 2023”, conduzida pelo Instituto Rede Mulher Empreendedora (IRME), revelou números alarmantes: 59% das mulheres empreendedoras no país têm um faturamento mensal de até R$ 2.500. Dessas, 83% começaram a empreender por necessidade. Esses dados ressaltam os desafios financeiros e a disparidade econômica que muitas mulheres enfrentam ao buscar empreender no Brasil. Para reverter esta realidade, o projeto de extensão “Mulheres Empreendedoras e Empoderadas” (MEE) da Estácio, que já impactou mais de 27 mil mulheres desde seu lançamento em 2021, realiza gratuitamente um atendimento holístico para mulheres em situação de vulnerabilidade social. No Rio Grande do Sul, as inscrições podem ser realizadas diretamente na sala MEERS do campus centro da Estácio Porto Alegre, localizado na Rua Marechal Floriano Peixoto, 626 – Centro Histórico.
A artesã Ana Paula Balbino, que fabrica roupas para bonecas, conta que o projeto mudou muito sua vida melhorando sua autoestima e abrindo os olhos para as possiblidades que o mercado oferece. “Muitas mulheres deixam de empreender porque é mesmo difícil ser mulher, mãe, esposa, empreendedora. Mas, quando a gente se reúne tudo fica mais fácil”, comenta. Já a empreendedora Mariléia Marques, uma das primeiras participantes do grupo na unidade de Minas, também destaca a importância da iniciativa. “O que me trouxe aqui, a princípio foi a psicologia, mas as outras áreas foram me ajudando muito. Eu sinto que o projeto Mulheres Empreendedoras e Empoderadas está me lapidando”, celebra.
Coordenado por professores engajados com a transformação social e que acumulam experiências profissionais no mercado de trabalho, o projeto atua permanentemente com o objetivo de proporcionar uma perspectiva de transformação e superação para mulheres, em especial desempregadas e estudantes. Larissa Clare Pochmann da Silva, responsável nacional pelo MEE da Estácio, destaca a abordagem abrangente do MEE. “Docentes dos mais diversos cursos de nossas unidades de ensino, acompanhados por nossos alunos, colocam a teoria em prática oferecendo atendimento em diversas frentes, como a assistência jurídica, financeira, psicológica, os cuidados físicos e estéticos, sem qualquer custo, para transformar a vida de mulheres para serem empreendedoras e protagonistas de sua própria história”, afirma.
A pesquisa IRME 2023 ressalta não apenas a questão financeira, mas também as dificuldades enfrentadas por empreendedoras brasileiras em áreas como relacionamentos familiares e aspectos psicológicos. Para Cláudia Romano, vice-presidente da Yduqs e presidente do Instituto Yduqs, organização parceira da Estácio nesta iniciativa e em diversas ações de responsabilidade socioambiental, “é necessário potencializar vozes femininas para mudar a história de muitas mulheres, de todas as idades, que um dia pensaram em desistir dos seus sonhos e que hoje, empoderadas, estão firmes na busca de qualificação profissional e de melhores oportunidades. Junto com a Estácio, queremos também que cada vez mais mulheres sejam protagonistas e, hoje, isso só é possível por meio da educação”, afirma.
Saúde mental e acesso aos direitos da mulher
Em Porto Alegre as ações são coordenadas pelas professoras Simone Chanldler Frichembruder (Psicologia) e Sabrina Zasso (Direito), através de ações coletivas na comunidade, palestras, cursos e rodas de conversa, abordando o empoderamento das mulheres. O objetivo das atividades é promover a reflexão e disseminar informações, assim como oferecer acolhimento e acompanhamento individual, contemplando o cuidado da mulher em sua integralidade.
A professora Simone destaca a formação dos discentes da psicologia e do direito para a atuação neste campo, em seminários e supervisão das práticas, como importante dispositivo para ampliação das ações. Segundo a coordenadora do MEERS, o trabalho realizado auxilia as mulheres a identificarem os agentes causadores das situações em que se encontram e a como reagir e ressignificar. “O atendimento é conforme a necessidade da mulher, pois temos que olhar de forma ampliada, buscando trabalhar o empoderamento, para que elas venham a reconstruir as suas próprias vidas”, avalia.
“Este programa reflete o compromisso da Estácio e do Instituto Yduqs com uma Educação Transformadora. Junto com a Estácio, uma instituição de ensino que há 53 anos tem a missão de educar para transformar e possui um forte DNA de solidariedade, o Instituto busca potencializar o impacto positivo nas comunidades ao redor de cada uma de suas unidades de ensino”, complementa Cláudia Romano.
Apoio às mulheres
Na Estácio, mais da metade dos alunos são mulheres. Muitas são as primeiras da família a ingressarem no curso superior. A instituição acredita na qualificação e na disposição das mulheres para exercer qualquer função, em qualquer área. Para contribuir com suporte às alunas que são mães, em Porto Alegre foi instalado um espaço lúdico na clínica de saúde instituição, preparado para receber seus filhos durante o horário das aulas, para que, assim, elas possam continuar a estudar. A comunidade ainda se beneficia de diversas ações da instituição de ensino em prol da igualdade de gênero. O público também pode realizar um curso gratuito que aborda o universo feminino para ser maratonado como série. Brilhantes: Estrelas da Revolução apresenta uma linguagem bem próxima dos jovens, onde os convidados irão explorar suas temáticas, trazendo uma abordagem pessoal e contextualização histórica e consequências sociais.
Sobre o MEE da Estácio
Criado pela Estácio no primeiro semestre de 2021, o projeto de extensão Mulheres Empreendedoras Empoderadas (MEE), tem como intuito realizar atendimentos gratuitos para mulheres em situação de vulnerabilidade social, em especial desempregadas e estudantes, oferecendo cursos de capacitação, acompanhamento psicológico, nutricional, de educação física e jurídica. Com o apoio do Instituto Yduqs, são oferecidos serviços que visam ajudar as mulheres a se colocarem no mercado de trabalho, cuidarem da sua saúde e até mesmo para que recebam apoio em casos de violência doméstica. Atualmente o projeto é desenvolvido nas instituições Estácio FATERN, em Natal – RN; Juiz de Fora – MG; São Luís – MA; Porto Alegre – RS; e São João de Meriti – RJ e já impactou mais de 27 mil mulheres desde seu lançamento.