A interoperabilidade como elemento-chave para promover maior eficiência nas instituições de saúde

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Por Rodrigo Garcia

Não é de hoje que a interoperabilidade se tornou pauta importante em instituições de saúde renomadas. Isto porque, o conceito, que se origina do setor de Tecnologia da Informação (TI), representa a capacidade de diferentes sistemas, dispositivos ou entidades de diferentes mercados, se comunicarem e compartilharem informações de maneira eficiente e padronizada, sem a necessidade de intervenção manual.

No contexto corporativo, a interoperabilidade é vital para promover integração, colaboração e inovação entre partes interessadas, uma vez que permite a otimização dos processos, a redução de custos operacionais e o aprimoramento da tomada de decisão com base em dados integrados e transparentes.

Neste sentido, a aplicação da interoperabilidade, traz benefícios significativos como aumento da eficiência, otimização na qualidade dos serviços, segurança aprimorada e inovação. No setor de saúde, ela facilita o acesso a dados de pacientes, a coordenação entre profissionais e a agilização de tratamentos, utilizando padrões como o HL7 para a integração de informações demográficas que aprimoram, ainda mais, o atendimento e a qualidade do atendimento ao paciente na ponta.

 

Os desafios da Interoperabilidade na saúde

Para instituições de saúde no Brasil, a interoperabilidade representa um desafio em constante evolução, exigindo investimentos em tecnologia e a adoção de padrões de interoperabilidade regulamentados.

No entanto, a implementação efetiva de sistemas interoperáveis, requer a escolha de fornecedores que aderem a padrões estabelecidos e que ofereçam soluções compatíveis com as plataformas existentes, visando a integração de dados e a melhoria contínua dos processos, tanto no âmbito das operadoras de saúde como em toda a rede de prestadores, como hospitais, laboratórios e etc.

É importante salientar que existem diferentes níveis de interoperabilidade. Entre eles destacam-se os níveis sintático, semântico e pragmático, os quais abordam, respectivamente, a estruturação e codificação de dados, a interpretação do significado das informações e o contexto de uso desses dados.

Além disso, é importante ressaltar que a interoperabilidade pode ser classificada em técnica, semântica, humana, legal e organizacional, cada uma abordando aspectos distintos da integração e comunicação entre sistemas.

Benefícios além do operacional

Investir em interoperabilidade no setor de saúde não apenas moderniza a gestão, mas também proporciona a padronização dos dados dos pacientes, redução de custos operacionais, comunicação eficiente entre setores e a humanização do atendimento médico, inclusive com a possibilidade de tomadas de decisão e ações no campo da medicina preventiva junto aos pacientes.

Contudo, enfrentar os desafios associados à interoperabilidade, como a padronização de vocabulários e a adequação de equipes a novas tecnologias, é essencial para alcançar esses benefícios e promover um atendimento de saúde mais eficaz e personalizado.

Desta forma, a interoperabilidade é fundamental para garantir a eficiência das instituições de saúde, seja pública ou privada, permitindo uma integração eficaz entre diferentes sistemas e plataformas, com o objetivo de melhorar a qualidade do atendimento ao paciente e promover uma gestão de saúde mais integrada e inovadora.

Rodrigo Garcia é Head de Mercado e Produtos do Grupo Benner, empresa que oferece softwares de gestão empresarial e serviços tecnológicos para revolucionar e simplificar os negócios.