Dia Mundial de Combate à LER/DORT

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Médico ressalta a importância de buscar ajuda para tratar as lesões por esforço repetitivo

 

Em 28 de fevereiro, é celebrado o Dia Mundial de Combate às Lesões por Esforço Repetitivo ou Distúrbios Osteomusculares (LER/DORT). A data foi instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com o intuito de alertar a população e chamar a atenção das autoridades a respeito da importância de adotar cuidados e medidas preventivas contra lesões associadas à repetição de movimentos.

 

As Lesões por Esforços Repetitivos (LER) ou Distúrbios Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT) são agravos que afetam, em geral, os membros superiores (dedos, mãos, punhos, antebraços, braços, ombro) relacionados às exigências das tarefas, ambientes físicos e, muitas vezes, relacionadas reflexos da pressão no volume de demandas do trabalho.

 

Sintomas como dor nos membros superiores e nos dedos, dificuldade para movimentação, formigamento, fadiga muscular e inflamação precisam de atenção, alerta Dr. Marco Aurélio Silvério Neves, ortopedista e traumatologista especializado em cirurgia de quadril e joelho. As lesões por esforços repetitivos (LER) e os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (Dort) são as doenças que mais afetam os trabalhadores brasileiros, segundo estudo do Ministério da Saúde (MS), gerando sofrrimento e incapacidade funcional para desempenhar suas funções no trabalho, e as mulheres são estatisticamente mais afetadas.

 

O Dr. Marco Aurélio destaca que as principais causas para o desenvolvimento de LER/DORT são as atividades com repetitividade, esforços excessivos, contrações estáticas, posturas incorretas, compressão contra superfícies rígidas ou pontiagudas, vibração excessiva, frio excessivo e ruído elevado, entre outras. “Além disso, podem trazer desconforto, dificuldade de movimentar o membro inflamado, fadiga, dor, formigamento, sensação de peso no membro afetado. Em alguns casos, pode haver inchaços, alteração na coloração da pele e/ou na temperatura do membro afetado e limitação dos movimentos”.

 

“Busque sempre ajuda de um médico de confiança e passe o máximo de informações sobre seus sintomas, pois apenas o especialista poderá fazer um diagnóstico correto com uma investigação clínica e indicar  o tratamento mais adequado, ou ainda, há casos que precisam de uma avaliação multidisciplinar.”

 

O ortopedista ainda explica que o tratamento é de indivíduo para indivíduo e pode ser necessário o uso de medicamentos e o repouso das estruturas acometidas. “Em alguns casos, sessões de fisioterapia e intervenção cirúrgica são recursos terapêuticos a serem considerados dependendo da gravidade da lesão”, diz o médico.

 

Como  sugestões de medidas preventivas, o Dr. Marco Aurélio indica avaliar e realizar mudanças nos equipamentos e mobiliários para uma postura mais correta durante atividades de trabalho, aquecimento e alongamento para um melhor condicionamento musculoesquelético, alternar atividades de trabalho pode ser uma boa estratégia para não ficar tanto tempo em uma mesma ação, reduzir o esforço manual e repetitivo.