Como residências, comércios e grandes empresas podem se preparar em tempos de quedas e oscilações de energia elétrica

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Brasil registrou 42 apagões em 2022 e 15 no primeiro semestre de 2023

 Blecautes de 100 megawatts ou mais de carga total têm duração mínima 10 minutos

Perdas de equipamentos podem ocorrer tanto na queda quanto no restabelecimento da energia, pontua presidente da APS

As mudanças significativas no padrão climático global têm desencadeado uma série de eventos extremos. Essas variações climáticas não apenas desafiam a resiliência de ecossistemas e comunidades, mas também alertam o setor de energia. Neste contexto, residências, comércios e grandes empresas precisam se preparar para enfrentar quedas e oscilações e, assim, evitar prejuízos.

Muitas pessoas desconhecem, por exemplo, que a queda de energia traz danos e consequentes prejuízos tanto no momento da queda quanto no restabelecimento.

“A oscilação de corrente é um risco real. Todas as empresas e residências estão sujeitas a perder seu maquinário e seus equipamentos eletroeletrônicos conectados à rede nessa situação”, alerta Luís Dearo, presidente da APS Soluções, uma das maiores empresas de soluções em tecnologia elétrica industrial da América Latina, com foco em tecnologias ABB, empresa líder mundial em tecnologias de eletrificação e automação.

Investimentos em proteção são úteis dentro do estabelecimento ou de uma residência. Já existem tecnologias que protegem o que está do lado de dentro de um comércio, como disjuntores e nobreaks  (dispositivos de proteção que possuem uma bateria para auxiliar em caso de quedas ou variações de energia).

“O consumidor também pode se proteger dentro da sua residência de duas maneiras: criando alternativas de fonte de energia, com nobreaks, blocos de bateria que podem sustentar por horas ou dias essa falta de energia –  apesar de menos comum, é um recurso disponível”, pontua Dearo.

Ele completa, ainda, que disjuntores mais modernos também oferecem proteção elétrica e segurança dentro da residência, evitando a perda de equipamentos ou acidentes mais graves, como incêndios por conta de surtos na rede elétrica.

Prejuízos podem chegar a US$ 100 mil a empresas

Empresas, hospitais, hotéis, indústrias, shopping centers e data centers dependem dessa fonte vital para manter suas operações. Assim, a ameaça constante de apagões e interrupções no fornecimento de energia é uma realidade que não pode ser ignorada.

Dados do último relatório Annual outages analysis 2023: The causes and impacts of IT and data center outages, do Uptime Institute, revelam que à proporção que a dependência de serviços digitais aumenta, as interrupções tornam-se ainda mais caras. Mais de dois terços de todas as interrupções custam mais de US$ 100 mil e o argumento comercial para investir mais em resiliência e treinamento está se tornando mais forte.

Empresas profissionais de infraestrutura digital terceirizadas, como empresas de nuvem, colocation, telecomunicações e hospedagem, são responsáveis ​​por uma proporção crescente de interrupções, o que reflete o papel e importância destas empresas.