A revolução tecnológica está moldando o futuro da sociedade e a visão de “Cidades Inteligentes” está se tornando uma realidade em todo o mundo. Hoje, os profissionais estão começando a descobrir como as cidades estão adotando soluções inovadoras para criar comunidades inteligentes. A última atualização feita em 2022 pelo Ranking Connected Smart Cities, que coleta dados e informações de todos os municípios brasileiros, mostra que no Brasil existem cerca de 656 cidades inteligentes, sendo Belo Horinzonte a quarta colocada.
Segundo Rodrigo Reis, coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo da Newton Paiva, a tecnologia de ponta é usada para facilitar a vida das pessoas, promovendo desenvolvimento sustentável, otimizando recursos e, consequentemente, melhorando a gestão pública. “Entendemos que a aplicação prática deste conceito deve contemplar diversas áreas e campos de conhecimento, tais como: energia, saúde indústria, educação, mobilidade urbana, transportes, segurança, comunicação, inovação social, meio ambiente, entre outras a serem exploradas”, explica ele.
A cidade de Belo Horizonte vem se destacando com inovação em diversas áreas, fazendo com que o Plano Estratégico BH2030 – que se alinha à Agenda 2030 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas – se torne um marco neste sentido. “Podemos citar o app da prefeitura para atendimento da população; 99% da iluminação pública é composta lâmpadas de led; biofábrica de joaninhas; implantação de muitos quilômetros de fibra óptica”, acrescenta o coordenador.
Principais Elementos das Cidades Inteligentes
De acordo com o Cities Motion Index, criado pela ESE Business School, da Espanha, para auxiliar no entedimento dos conceitos, alguns dos elementos presentes em uma Cidade Inteligente são:
- Monitoramento de dados ambientais em toda a cidade em tempo real:
Sensores Open Source para identificar ruídos, qualidade do ar etc, podem favorecer a previsão de desastres ambientais, dados para pesquisas e desenvolvimento e aperfeiçoamento de planejamento urbano. Esta tecnologia já existe implementada em Barcelona, chamado de SmartCitizen. Este é um dos projetos que como plenamente possível para ser implantando no Brasil.
- Mobilidade Urbana com gerenciamento inteligente e integrado:
O monitoramento e integração de diferentes formas de transporte de massa pode ser aperfeiçoado e integrado com metrô, ônibus e outros meios de transporte relacionados ao sistema de controle de trânsito. Esta integração já é uma realidade em grandes metrópoles e favorecem consideravelmente a mobilidade urbana de grandes centros.
- Conectividade Avançada:
Redes de alta velocidade e cobertura de internet em toda a cidade permitem a comunicação eficiente e a integração de dispositivos inteligentes, melhorando a segurança, mobilidade e acessibilidade.
- Eficiência Energética:
Sistemas de iluminação pública inteligente, edifícios ecoeficientes e fontes de energia renovável estão contribuindo para uma redução significativa no consumo de energia e nas emissões de carbono.
- Gestão de Resíduos Inteligentes:
A coleta e o tratamento de resíduos são otimizados, reduzindo custos e impactos ambientais.
- Participação Cidadã:
Plataformas digitais facilitam a participação dos cidadãos na tomada de decisões e no monitoramento da qualidade dos serviços públicos.
- Segurança Avançada:
Sistemas de vigilância e monitoramento inteligentes melhoram a segurança pública e a resposta a emergências.
Quando se fala de Cidades Inteligentes, é importante lembrar que, além da tecnologia, o capital de maior valor mundial é o conhecimento. “A produção do conhecimento, objetivo maior de nossa instituição de ensino, vem de encontro com os princípios para formação deste modelo de cidade”, esclarece Rodrigo.
Na Newton Paiva são desenvolvidos diversos projetos para que Belo Horizonte continue se destacando. “Nas atividades acadêmicas de nosso curso de graduação, priorizamos que os projetos adotem práticas inovadoras desde a concepção inicial até a execução”, pontua o coordenador. Assim, o centro universitário é uma das instituições que inserem os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), da ONU, como temática para todos os programas de Pesquisa e Extensão desde 2017, e são alinhados também com o Plano Estratégico BH 2030. “ É preciso continuar a melhorar cada aspecto de nosso dia a dia, não somente por alcançar uma vida melhor, mas também para proteger o meio-ambiente”, finaliza Rodrigo.