Por Marcelo Figueira, gerente de fungicidas da UPL Brasil, formado pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) e especialista pela Universidade de São Paulo (USP)
O Centro-Oeste concentra 51% da produção nacional de soja, que ultrapassou a marca de 120,7 milhões de toneladas em 2022, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A safra nova safra, que está em plantio, deve enfrentar desafios fitossanitários intensos na região. A ferrugem asiática, doença causada pelo fungo Phakopsora pachirhizi, deve se intensificar no período, em razão de mudanças climáticas causadas pelo fenômeno El Niño já a partir da Primavera.
Nota conjunta do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) diz que a tendência para a estação é de “retorno gradual da chuva, mas ainda de forma irregular”, com previsão de “volumes acima da média histórica” em parte de Goiás e no Mato Grosso do Sul. Já no Mato Grosso e no Distrito Federal, assim como no centro-norte goiano, deve haver menos incidência de chuvas. Em todas essas áreas, contudo, as temperaturas devem ficar acima dos últimos anos, o que representa cenário de calor intenso.
Essa perspectiva climática é determinante para o aumento da incidência da ferrugem asiática, tendo em vista que essas condições favorecem o seu desenvolvimento. Essa tendência é observada desde que esse problema fitossanitário foi registrado no início do século XX – quase 100 anos antes de chegar com força ao Brasil. Estudos agronômicos já comprovaram perdas de até 90% da lavoura – como já divulgado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Sem freios, isso poderia significar prejuízo superior a R$ 310 bilhões para a soja em nível nacional – cálculo feito com base em dados do IBGE para o período de 2022.
Queda de produtividade representa menos colheita, com reflexos diretos nos preços. Não apenas as exportações podem ser afetadas, como as proteínas animais, que podem enfrentar aumento dos custos de produção. A recomendação é fazer manejo seguro e eficaz da doença nas lavouras, dando sustentabilidade ao agronegócio e à produção de alimentos.
A ferrugem asiática causa pontuações de cor escura na planta. Após penetrar no tecido vegetal da planta, forma suas estruturas reprodutivas na parte interior da folha. Essas, em tons de marrom, expelem esporos que são disseminados na planta, causando o agravamento do quadro e comprometendo o seu desenvolvimento. Fungicidas de ação sistêmica e multissítio representam o melhor modo de combater o problema, comprovam pesquisadores de instituições renomadas do país.
A UPL, uma das cinco maiores fornecedoras de soluções agrícolas sustentáveis, desenvolveu Evolution®, que além das características citadas possui três ingredientes ativos que se combinam em modos de ação distintos. Isso possibilita sua ação sobre diversos pontos do metabolismo do fungo, evitando a resistência. Dessa forma, o agricultor tem segurança no manejo, mantendo o potencial da cultura, alta produtividade e qualidade. É a tecnologia a serviço do sucesso da agricultura e da produção de alimentos para atender à crescente demanda global.