Ação da campanha Setembro Verde busca conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos
Uma homenagem para agradecer, lembrar e conscientizar todos sobre a importância da doação de órgãos. Assim nasceu o Jardim do Doador, um espaço para cultivo onde cada muda representa um paciente que doou órgãos no Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), em Uruaçu (GO). Foram sete até agora. Um marco para o Estado de Goiás que registra o aumento de 59% na doação de órgãos nesse ano.
O Gigante do Norte transformou-se em um grande aliado da causa, orientando e estimulando familiares e pacientes sobre a importância da doação que salva vida por meio de transplantes. Durante todo o processo, as famílias são abordadas e amparadas pela equipe multidisciplinar da comissão responsável, que tem assistentes sociais, psicólogos, equipe médica e de enfermagem, entre outros profissionais que apoiam o trabalho de captação.
João Batista da Cunha, diretor assistencial do HCN, enfatiza a importância do respeito e da empatia no momento de conversar sobre a doação de órgãos e tecidos. “É importante investirmos cada vez mais na capacitação dos nossos profissionais para proporcionar um acolhimento cada vez melhor para as famílias doadoras. Este é um momento delicado e para obtermos a autorização dos entes queridos é essencial oferecer um serviço de acolhimento humanizado”, explica.
Jardim do Doador
Os doadores do HCN estão eternizados no Jardim do Doador por meio de mudas de árvores frutíferas. Antes do plantio, foi realizada uma palestra para os colaboradores do hospital e os familiares dos doadores. O objetivo foi reforçar a campanha Setembro Verde, esclarecendo algumas questões sobre a doação de órgãos e tecidos para transplante e como funciona o processo.
“É uma perda muito grande, mas é também uma grande satisfação saber que meu filho está ajudando o próximo. Quanto mais divulgarmos isso, melhor, para que possamos tocar outros corações e incentivar as pessoas a realizar esse gesto de amor e caridade, pois a doação de órgãos salva vidas”, afirma Maria Iolanda de Souza, mãe de um dos doadores, que participou da ação no Jardim do Doador.
A iniciativa foi organizada pela gerente de enfermagem do HCN, Raquel Franzen, em colaboração com a coordenadora de enfermagem das UTI’s Adulto e membro da Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), Leide Vaniele.
Doação de Órgãos
No país, mais de 65 mil pessoas aguardam na lista de espera por órgãos, um dos maiores números dos últimos 25 anos. A posição da pessoa na fila depende de uma combinação de tipagem sanguínea, compatibilidade de peso e altura, genética e critérios de gravidade distintos para cada órgão. Quem regula a fila é o Sistema Único de Saúde (SUS) e independe de ser um paciente da rede pública ou privada. Os órgãos doados vão para pacientes que aguardam na fila nacional única, controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes.
Para se tornar um doador em vida, a pessoa deve ter mais de 21 anos, estar em boa saúde e concordar com a doação, desde que não comprometa sua própria saúde. A doação após morte encefálica só ocorre com a autorização da família. Portanto, é fundamental comunicar aos familiares o desejo de se tornar um doador.
Assessoria de Comunicação do HCN