O “Manual de boas práticas para o controle de salmonela em tambaqui e peixes redondos”, elaborado por Juliana Antunes Galvão, coordenadora do Grupo de Estudos e Extensão em Inovação Tecnológica e Qualidade do Pescado na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), a pedido da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), já está disponível para download gratuito no site da entidade https://www.peixebr.com.br/manual-salmonela/.
“O conteúdo é completo e inclui informações sobre o cenário, os desafios e as medidas necessárias nas propriedades de piscicultura relacionada às boas práticas de manejo e outros fatores da produção, principalmente em relação aos pontos críticos de controle de contaminação à salmonela, destacando importantes pontos a ser observados com o intuito de minimizar a contaminação, sendo essencial para os piscicultores brasileiros”, afirma Francisco Medeiros, presidente executivo da Peixe BR.
O manual tem o objetivo principal de conscientizar a adoção de medidas preventivas e corretivas para prevenção e controle ao longo das etapas de produção e processamento até o consumidor final. Ele está dividido em temas principais, como estrutura de tanques, qualidade da água, ração, matrizes e alevinos, despesca e transporte, rastreabilidade de contaminação, treinamento de colaboradores e tanque de espera e de recebimento. Também há análise de água de abastecimento, área suja, insensibilização, sangria, remoção do muco e escamas, área limpa, evisceração, cortes, remoção de pele, remoção de aparas e lavagem, embalagens, limpeza, sanitização e formação de biofilmes e manejo de resíduos.
“Essa é uma importante material para a cadeia produtiva dos peixes de cultivo, pois traz segurança e credibilidade à produção de pescado brasileiro por meio da atenção à sanidade dos peixes. Em estudo detalhado e atualizado, mostramos os desafios e os caminhos a ser seguidos na atividade e a garantia de seu pleno desenvolvimento”, detalha a pesquisadora Juliana Antunes Galvão.
“As ações para prevenção de introdução de patógenos ao ambiente de cultivo tornam-se essenciais para o crescimento sustentável da atividade aquícola, bem como para sua competitividade no mercado. As boas práticas apresentadas no manual representam um direcionamento para o sistema de criação de peixes com ações estruturadas para conter a introdução e a disseminação de agentes patogênicos no ambiente de produção aquícola. A ausência de tais medidas abre oportunidade para a introdução de uma nova enfermidade, o que pode representar prejuízos econômicos, sociais e ambientais exacerbados, atingindo toda a cadeia de produção”, conclui Francisco Medeiros.
O manual é uma iniciativa da Peixe BR em parceria com coordenadores, pesquisadores e alunos do Grupo de Estudos e Extensão em Inovação Tecnológica e Qualidade do Pescado (GETEP), da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP).