*Por Guilherme Moura, médico-veterinário, doutor em ciência animal pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e gerente técnico de animais de produção da Vetoquinol Saúde Animal
A mastite é uma das principais doenças que atingem bovinos leiteiros em todo o mundo. Dor mundial, a enfermidade resulta em severas perdas econômicas a produtores da proteína animal. Isso ocorre porque a redução na produção de leite é acentuada nesses casos. Assim, estar atento ao problema é necessário para evitar uma disseminação ainda maior da doença no plantel e o descarte prematuro de bovinos. Além disso, o leite coletado também é descartado, sem falar nos gastos com tratamento, assistência veterinária e piora na qualidade do produto.
Mais do que prejuízos para a produção, o conforto e bem-estar dos animais é duramente afetado pela mastite. Os patógenos não “aliviam” para os bovinos, causando inflamações, muitas vezes extremamente dolorosas, levando às alterações sistêmicas completamente perceptíveis a olho nu, que podem resultar na morte do animal. A série de inflamações que ocorrem nos bovinos são resultados de resposta às infecções causadas, o que traz dor e inchaço no quarto infectado. Por isso, além do foco no combate aos agentes causadores da enfermidade, é importante ter um olhar para o estado clínico do animal.
Alguns dos sintomas da mastite clínica, como inchaço e dor no quarto afetado, são de origem inflamatória em resposta à alguma infecção, causada por bactérias patogênicas. A principal arma para atuar no bem-estar dos bovinos são os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), que controlam a dor originada no inchaço do úbere. Com atividade anti-inflamatória, analgésica e antipirética, esses medicamentos vão trazer conforto ao animal mais rapidamente, devolvendo seu bem-estar físico, enquanto os antibióticos atuam diretamente contra os patógenos e na resolução da infecção.
A mastite clínica no grau leve, que pode ser causada tanto por bactérias contagiosas como por bactérias ambientais, não leva alterações sistêmicas ou no quarto afetados dos animais. Já em grau moderado, que tem as mesmas bactérias como causa, ocasiona inchaço, vermelhidão, edema e enrijecimento das mamas, levando dor às vacas. Ainda assim, o pior cenário está em grau agudo. Nesse, o animal fica extremamente baqueado, pois apresenta febre e outros sinais de distúrbio sistêmico, como depressão acentuada, pulsação fraca, olhos fundos, fraqueza e anorexia. É tão grave que o animal pode chegar à morte facilmente. Os principais causadores de casos agudos são as bactérias ambientais (Gram Negativas), principalmente coliformes, como Escherichia coli, Klebsiella pneimonae e Enterobacter aerogenes.
Além do tratamento, vale ressaltar que o pecuarista também pode tomar medidas que evitem casos de mastite, principalmente agudos. Geralmente, esses casos se desenvolvem pela permanência de animais em ambientes com excesso de fezes, lama e umidade nos períodos pré e pós-ordenha. Aí, sim, caso a prevenção não surta efeito, os anti-inflamatórios devem entrar em ação, para reduzir ao máximo os efeitos negativos da presença dos micro-organismos no corpo dos animais.
Um dos principais medicamentos com ação anti-inflamatória do mercado é o Tolfedine® CS, desenvolvido pela Vetoquinol Saúde Animal. Além de reduzir a inflamação, ele também atua como analgésico, aliviando a dor, e antipirético, diminuindo a temperatura corporal. Além disso, o medicamento se destaca no mercado por ser de dose única e de carência zero, além ser desenvolvido à base de Ácido Tolfenâmico – princípio ativo exclusivo da companhia no Brasil. O Tolfedine® CS não prejudica a qualidade e produção do leite, que pode ser consumido simultaneamente à sua administração intravenosa.