Abordagens da psicologia: quais são e para que servem

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A linha teórica seguida pelo profissional se relaciona com a eficiência das sessões terapêuticas e o tratamento de diferentes questões psicológicas

Saúde mental é um assunto que, aos poucos, tem deixado de ser um tabu na sociedade. A mudança no paradigma ocorre em tempo de incentivar a busca por tratamento, visto que, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 86% dos brasileiros possuem ansiedade, depressão ou algum outro transtorno que afeta o estado da mente. 

 

Ainda assim, na maioria das vezes, é difícil tomar o primeiro passo em direção à ajuda profissional. Até porque o público leigo em geral desconhece as principais linhas de atuação da psicologia. Portanto, não sabe quais pontos ou que tipo de terapia pode contribuir para o processo de compreensão sobre a questão que o aflige. 

 

O que são essas abordagens?

Conhecer as abordagens mais frequentes nos consultórios é indispensável para um direcionamento terapêutico apropriado. Afinal, de maneira semelhante às especializações de outras áreas, as abordagens na psicologia funcionam como linhas teóricas e guias para o trabalho desenvolvido pelo psicólogo. 

 

Mas cabe ressaltar que essas diferentes formas de conduzir a psicoterapia mais dizem das tentativas de se aproximar dos indivíduos do que propriamente disputar qual é a melhor ou mais eficiente. Até porque esse valor, de nível subjetivo, varia de pessoa para pessoa. Na visão geral dessas possibilidades, se destacam: 

  • Terapia Cognitivo Comportamental (TCC)

A partir desta abordagem, tenta-se compreender como o sujeito vê, pensa e interpreta a sua realidade, pois essa impressão afeta o emocional e se manifesta nos padrões comportamentais. É um tratamento indicado para mudanças de comportamento, aspectos disfuncionais e autocontrole. 

  • Psicanálise 

Fundamentada nas teorias de Sigmund Freud, essa linha teórica considera aspectos do consciente e inconsciente humano. Logo, implica em pouca intervenção do profissional ao longo das sessões. Costuma ser utilizada para tratar emoções que foram reprimidas, problemas com o passado e demais sofrimentos de ordem psíquica. A psicanálise de Donald Winnicott, no entanto, foca no desenvolvimento emocional e, inclusive, inspira um retorno do psicólogo ao final de cada sessão com o paciente. 

  • Análise Junguiana

Fundada pelo psiquiatra Carl Gustav Jung, essa guia também reúne pontos inconscientes e conscientes, mas se baseia nos conceitos de persona e sombra. Com eles, consegue identificar sentimentos positivos e negativos, inclusive aqueles que a pessoa rejeita em si mesma. A imaginação ativa é uma das técnicas utilizadas no processo analítico. 

  • Humanismo

Na psicoterapia orientada pelo humanismo, o foco está na pessoa. Por essa razão, se esforça em desenvolver um ambiente favorável para que o paciente evolua para a melhor versão de si mesmo. Tal movimento perpassa o autoconhecimento e conceitos importantes, como o da aceitação. 

  • Behavorismo

Centrada no comportamento, é uma das orientações com maior potencial de adaptação e personalização dos exercícios conduzidos entre psicólogo e paciente. Por isso, é indicada para autoconhecimento e compreensão acerca de ações. 

Durante a graduação na faculdade de psicologia, os estudantes são apresentados a essas correntes fundamentais do exercício clínico. Desse modo, permite que, ainda nesta fase, o futuro profissional comece a se aprofundar e se especializar naquela linha teórica com a qual possui maior afinidade. Além dos estudos, os universitários podem, em parceria com um professor experiente, realizar ensaios e testes científicos.