Caso Americanas coloca em evidência a necessidade da assistência jurídica empresarial
As grandes empresas definem suas prioridades visando produtividade e certamente: lucro. Porém o excesso de alguns casos, recentes, mostram como grandes players podem usar de recursos não convencionais e que os faz perder credibilidade, muitas vezes construída a duras jornadas e anos.
Exemplo são as revelações do depoimento do CEO da Americanas, Leonardo Coelho Pereira, aos integrantes da CPI que investiga a denúncia de uma possível fraude bilionária na companhia varejista. O suposto esquema de fraude orquestrado para que a empresa obtivesse lucros aos acionistas em detrimento a outras pontas da empresa, expuseram um grande caso arquitetado, e que está sendo esclarecido pelas investigações, mas também deixa muitos empresários receosos diante da possibilidade de ser enganado pela própria gestão empresarial.
Se definir prioridades é indispensável em uma empresa, garantir que ela tenha e esteja respaldada na legislação é outra necessidade. Atualmente, os escritórios de advocacia empresarial têm focado em oferecer soluções para situações como essas, que não necessariamente são conflitantes. A atuação de um departamento jurídico para as tratativas legais e extrajudiciais de uma empresa é o início da estratégia que abrange análise e confecção de documentos e acordos para que a instituição esteja de acordo com as leis governamentais e não tenha surpresas na jornada.
O advogado é o especialista para oferecer uma condição mais justa as partes empresariais eliminando a possibilidade de um futuro problema ou até mesmo uma fraude.
“O caso Americanas ainda está sendo investigado, mas já mostra a vulnerabilidade do sistema envolvido em uma grande rede de negócios, seja com instituições financeiras, ou outras partes engajadas possivelmente na obtenção do lucro a qualquer preço. Essa conivência não sai de graça e nesse caso poderá custar alguns milhões de reais, além da ameaça real de destruir a marca construída ao longo de décadas”, analisa Natália Guazelli, advogada especialista em Direito Empresarial.
A gestão jurídica não trata apenas de documentos ou contratos, mas zela por uma atuação ampla estratégica que pode contribuir para medir resultados, a qualidade dos processos e os ajustes necessários, à luz da lei e com finalidade também de assegurar a saúde jurídica e financeira da empresa. Com uma assistência jurídica é possível fazer um acompanhamento estratégico permitindo que o negócio cresça de forma sustentável, e com olhar preventivo para eventuais dissabores.
Entre as vantagens da assessoria jurídica para empresas Natália Guazelli avalia que ações estratégicas são as mais importantes. “A assessoria jurídica pode contribuir com a gestão preventiva sempre atenta à tomada de decisão, além de participar na elaboração de planejamentos, estratégias e soluções de problemas. Ter uma equipe que conhece o negócio como um todo ajuda o gestor a reduzir os impactos que pode ter em relações comerciais e mesmo reduzir custos com as avaliações preventivas”, conclui.