Entenda o crescimento de 50% no turismo de negócios na Bahia

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Estrutura hoteleira, atrativos turísticos e belezas naturais da capital baiana cativam interesse do segmento para eventos e viagens corporativas

O retorno às atividades presenciais incluiu também a realização de eventos e viagens corporativos como congressos, treinamentos, feiras e exposições. Com isso, cidades turísticas de grande porte como Salvador, na Bahia, voltaram a ser palco de importantes conferências, capazes de movimentar a cidade e manter a economia local aquecida. 

 

De acordo com as informações da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), o turismo de negócios foi responsável pela geração de aproximadamente R$ 1 bilhão na economia da capital baiana em 2022. Não por acaso, as expectativas para o saldo final deste ano são ainda mais positivas. 

 

As projeções otimistas do governo estadual não são infundadas. Até porque, nos primeiros três meses, aumentou em 50% a procura pelo Centro de Convenções de Salvador (CCS), em comparação ao ano anterior. Consequentemente, também cresceu o número de atividades neste ponto. Até dezembro, estão confirmadas 150 solenidades, 53 a mais do que no ano passado. 

 

Turismo de negócios

Profissionais que viajam a trabalho possuem objetivos diferentes de um turista comum, mas partilham de igual comodidade em hospedagem, transporte e refeição. Por esse motivo, a indústria do turismo criou uma categoria especial para conseguir atender as demandas específicas do universo dos negócios. A principal delas é o espaço de eventos. 

 

Além de toda estrutura e logística próprias para os viajantes, dispor de uma área para a realização das cerimônias é fundamental. Tal motivo, associado a localização e consequente facilidade de acesso a aeroportos e transportes, justifica a preferência dos promotores e gestores de eventos pelas capitais dos estados. 

 

Convenções em Salvador 

No caso particular de Salvador, mais do que o CCS, existem os monumentos históricos, a cultura material e imaterial, a gastronomia e as belas praias. Esse “pacote” de vantagens ajuda a tornar o evento mais atrativo, uma vez que é de praxe o happy hour após um dia de reuniões, palestras ou apresentações. 

 

Ainda é comum entre quem viaja a trabalho estender a estadia em um ou dois dias para conseguir aproveitar as belezas e os atributos da cidade. Inclusive, esse tipo de visitante faz parte do grupo que sustenta as taxas altas de ocupação da rede hoteleira soteropolitana, segundo a Associação Brasileira de Indústria de Hotéis (ABIH). 

 

Como o turismo de negócios independe das datas convencionais e comemorativas, ajuda a movimentar a economia de todo o país. De modo direto e indireto, contribui para o fortalecimento de empresas locais de campos distintos, desde a baiana que vende acarajé no Pelourinho, em Salvador, as vendedoras de carros seminovos em SP até o artista que faz caricaturas nas calçadas do Rio de Janeiro.