Os equipamentos de proteção respiratória (EPR), são um conjunto de roupas e dispositivos usados para proteger o sistema respiratório de substâncias perigosas e agentes nocivos, como poeiras, gases, entre outros.
Extremamente importantes nas indústrias, devido aos muitos processos produtivos que geram gases tóxicos, que, se inalados, podem causar danos irreversíveis à saúde do trabalhador, tais como doenças respiratórias, como a asma, bronquite, e câncer de pulmão, seu uso adequado é fundamental para proporcionar mais segurança aos funcionários durante as suas atividades cotidianas.
Além de sua importância, o uso dos equipamentos é uma exigência legal assegurada pela Lei nº 6.514/1977, que trata da Segurança e Saúde no Trabalho.
Nela, consta que as empresas são obrigadas a oferecer o equipamento de proteção individual adequado, a fim de garantir um ambiente de trabalho seguro e saudável para seus colaboradores, com a adoção de medidas preventivas de acidentes e doenças ocupacionais.
Os EPR podem ser divididos em duas categorias principais: os respiradores e as máscaras de proteção.
Em ambos os casos a empresa é obrigada a fornecê-los de forma gratuita aos trabalhadores, cabendo também garantir a sua correta utilização e conservação por toda equipe por meio de treinamento e capacitação, onde todos devem estar cientes dos riscos e limitações dos equipamentos, que deverão ser periodicamente inspecionados e substituídos quando necessário.
Em caso do não cumprimento, a instituição estará sujeita a sanções administrativas, podendo ser responsabilizada civil e criminalmente por eventuais danos à saúde dos trabalhadores.
Para evitar esse tipo de situação, é fundamental a elaboração e implantação de um PPR (Programa de Proteção Respiratória). Esse programa tem como objetivo identificar os riscos existentes no local de trabalho e avaliar as tarefas e equipamentos adequados necessários para eliminar ou controlar potenciais perigos existentes.
Desse modo, a corporação, além de garantir um ambiente de trabalho mais seguro, ajudará na maior produtividade de todos os funcionários e redução dos pedidos de afastamento por problemas de saúde.
A eficácia na gestão de segurança no trabalho, bem como sua fiscalização para avaliação de eventuais melhorias e cumprimento da utilização correta dos equipamentos de proteção respiratória pelos empregados, os protegerá de doenças respiratórias e evitará gastos desnecessários com tratamentos médicos.
Além disso, a utilização dos EPRs ajudam a indústria a cumprir as exigências legais e normativas, contribuindo para uma gestão responsável e ética dos negócios, visando o bem-estar de todos os funcionários e colaboradores.
*J.A.Puppio é empresário e autor do livro “Impossível é o que não se tentou”.