Estima-se que os gastos globais com TI atinjam US$ 4,6 trilhões até 2023, um aumento de 5,1% em relação a 2022, de acordo com a análise do Gartner, Inc. Além disso, espera-se que o mercado global de serviços de telecomunicações cresça a uma taxa anual composta (CAGR) de 5,4%, atingindo US$ 2.467 bilhões em 2028.
Esses números, além de animadores, demonstram que, após a crise sanitária, o setor de Telecomunicações está vivendo um renascimento acelerado e de acordo com as necessidades dos países, empresas e pessoas.
Neste 17 de maio, no contexto da comemoração do Dia Mundial das Telecomunicaciones e da Sociedade da Informação, que tem como objetivo aumentar a conscientização sobre as possibilidades que o uso de Internet e outras tecnologias da informação e comunicação (TIC) podem oferecer às sociedades e à economia, queremos ressaltar o papel da indústria de conectividade para impulsionar o crescimento econômico por meio da transformação digital na América Latina.
O mundo está vivendo uma transformação tecnológica que a cada dia abre novas perspectivas em todos os contextos e, junto com ela, a digitalização está impulsionando o crescimento econômico. Sem ir mais longe, a OCDE afirma que um aumento de 10% na digitalização conduz a um aumento de 1,9% no PIB dos países e, neste cenário, a conectividade é fundamental.
As telecomunicações existem para fornecer serviços, conectar pessoas, viabilizar negócios e atividades digitais, e o avanço das novas tecnologias torna necessário ter uma boa conectividade. Em consequência da pandemia, o teletrabalho, o modelo híbrido e o trabalho colaborativo passam a fazer parte da nossa realidade e são uma necessidade de primeira ordem. Pessoas em diferentes partes do mundo trabalham em uma aplicação, um elemento ao qual podem fazer modificações, testes ou agregar cápsulas de inteligência artificial, por exemplo, que os ajudam a facilitar a tarefa ao assumir um espectro de informações muito mais amplo.
Além disso, com a contribuição da Inteligência Artificial e analytics, as pessoas podem trabalhar, gerenciar, decidir e influenciar e as telecomunicações têm que dar suporte a tudo isso. É nesse ponto que o Edge Computing, uma das grandes tendências da área neste 2023 se torna relevante, já que junto com as redes CDN permitem aproximar o conteúdo e possibilitar o gerenciamento de grandes volumes de dados o mais próximo possível do usuário.
Hoje as telecomunicações caminham para a pluralidade de mídias, otimização das operações e automação das atividades. Dado que a cobertura 5G na região ainda está em desenvolvimento, é preciso avançar na aplicação de redes de satélite e Wireless de baixa altitude para cobrir áreas remotas ou onde a fibra não chega.
O desenvolvimento das tecnologias visa suportar todas as necessidades dos usuários e as empresas estão a caminhar no sentido de gerir a informação de uma forma mais dinâmica com um volume cada vez maior, ou seja, para suportar a demanda de informação gerida a partir de pontos remotos, e é aqui que ainda estamos “de plantão”.
A geografia da América Latina é complexa e isso nos impõe um desafio adicional. Há grandes cidades com altos níveis de concentração de capacidades e qualidade de serviços e, ao mesmo tempo, muitas populações isoladas e sem recursos.
Então, para onde vamos e como avançar? Ampliar a capilaridade no território através de backbones e ramais para alcançar todas as localidades com a conectividade, tratando de equilibrar as oportunidades ou, pelo menos, dando acesso e dessa maneira avançar neste importante desafio de todos nós que estamos neste negócio: encurtar lacunas e promover o progresso da América Latina através da tecnologia, acompanhando as empresas no seu caminho para a transformação digital.
Sobre o Autor: Leonardo Barbero – President & EVP, Products and Enterprise Sales na Cirion Technologies