Bem-estar no ambiente corporativo engaja, retém talentos e impacta negócios

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*Por Claudio Zini 

É fato de que estamos vivendo na era do trabalhador do conhecimento. O emprego do século XXI requer habilidades mentais. Portanto, o grande trunfo de uma empresa nos dias de hoje é ter a capacidade de mobilizar e estimular seus colaboradores a exercitarem o cérebro. 

A geração de riquezas na atualidade depende muito mais da produção intelectual do que de tarefas rotineiras. No momento presente, se ganha dinheiro com neurônios felizes. O maior desperdício nas organizações é não valorizar a intelectualidade. E estamos no início de um aumento da chamada liberdade humana nos negócios. 

A felicidade no ambiente corporativo é fundamental para o sucesso de uma empresa. Um ambiente de trabalho saudável e positivo pode melhorar a produtividade, aumentar a satisfação dos colaboradores e até mesmo impactar na lucratividade. De acordo com uma pesquisa realizada pela Gallup, organizações com colaboradores mais felizes apresentam um incremento de 21% na produtividade e de 37% em vendas. Além disso, essas companhias têm menos rotatividade de profissionais e, consequentemente, menor absenteísmo. Isso significa que as empresas que investem em bem-estar e felicidade têm menos custos com treinamento de novos colaboradores e menos dias de trabalho perdidos devido às doenças. 

A bonificação é outra forma de incentivar a felicidade no ambiente corporativo. Um programa de recompensas eficaz pode aumentar a motivação dos colaboradores e melhorar o desempenho da equipe. Conforme estudo desenvolvido pela consultoria Aon Hewitt, empresas que implementam programas de recompensas têm 28% mais chances de ampliar os lucros. 

Os benefícios do bem-estar no ambiente de trabalho não se limitam apenas às finanças da empresa. Companhias que investem em bem-estar têm profissionais mais engajados e comprometidos, o que melhora a qualidade do trabalho, dos produtos e aumenta a satisfação dos clientes. 

Quando os colaboradores tomam as próprias decisões, eles passam a ser mais criativos, mais inovadores e felizes. E no mundo dos negócios, hoje, felicidade e bem-estar equivalem a lucro. Felicidade dá resultado financeiro e a busca da felicidade vem desde o início do mundo, mas só agora está chegando nas empresas. 

Mas a felicidade nas companhias ainda é como se fosse o resultado do acúmulo de ganhos e não pode ser isso. Ela tem que ser o motor da companhia, pois a felicidade é o estado emocional ideal de um trabalho com produtividade e qualidade. O trabalhador moderno leva a fábrica para casa, mas é um trabalho com amor e paixão, e esse trabalho não estressa, apenas cansa. O segredo do sucesso é ser feliz trabalhando. 

*Claudio Zini é diretor-presidente da Pormade Portas