Produto proporciona um excelente custo-benefício, pois faz com que ocorra um melhor aproveitamento dos nutrientes na alimentação das aves e de outras espécies.
A avicultura brasileira tem estado, cada dia mais, atenta às inovações do setor. E dentre as novidades, o uso de enzimas na composição da nutrição das aves tem se mostrado cada vez mais como uma alternativa vantajosa e rentável.
De acordo com a supervisora de especialidades da Quimtia Brasil, empresa especializada na fabricação de insumos para a alimentação animal, Georgia Almeida, além de todos os benefícios nutricionais garantidos pela adição das enzimas na alimentação, elas também têm um excelente custo benefício.
Mas como as enzimas reduzem os custos da avicultura?
Segundo ela, com a utilização de enzimas ocorre uma melhor absorção dos nutrientes presentes na ração pelas aves. Para ela, na avicultura, muitos componentes presentes nas matérias primas utilizadas na fabricação de ração não são aproveitados em sua totalidade durante o processo de digestão pelos animais.
“Sendo assim, as enzimas entram na dieta com o objetivo de auxiliar em uma melhor quebra dos substratos das matérias primas, o que facilita o processo de degradação de componentes que antes passariam pelo trato gastrointestinal dos animais sem serem aproveitados”, explica.
Com um aproveitamento melhor da alimentação, a expectativa é que tenha redução, também, no custo total da fórmula nutricional. “É uma consequência positiva, já que cerca de 70% do investimento total do processo produtivo corresponde aos gastos feitos para a nutrição”, afirma.
E como as enzimas agem na nutrição animal?
Alguns derivados de grãos, podem apresentar inúmeros fatores que podem interferir na digestibilidade da dieta. No caso do farelo de soja, por exemplo, principal fonte proteica na dieta das aves, estão a rafinose, estaquiose e verbascose. Para Georgia, esses fatores tem a capacidade de puxar água para o lúmen intestinal, interferindo na motilidade e por consequência aumentando a taxa de passagem da digesta, levando a má absorção.
“Hoje o mercado conta com diversas soluções, como uma enzima chamada Precizyon Alpha TS, que atua junto a essa fonte [farelo de soja] justamente com objetivo de quebrar os oligossacarídeos estruturais, diminuindo seu efeito anti-nutricional e, com isso, liberando açúcares que são convertidos em energia”, salienta.
E qual o modo correto de utilização das enzimas?
Segundo Georgia, as enzimas podem ser utilizadas na fabricação de ração para várias espécies, sendo que é mais comum na alimentação de animais monogástricos, como suínos e aves, por exemplo.
A supervisora de especialidades da Quimtia ressalta, no entanto, que “a forma mais adequada para a inclusão do produto [enzima] deve ser feita via premix ou núcleo, pois normalmente é um aditivo de baixa inclusão e, sendo adicionado desta forma, facilita uma melhor homogeneização do produto final que é fornecido para cada animal”, finaliza.