Por Eduardo Freitas
A Copa do Catar já começou e promete se destacar não só pela sua localização singular no Oriente Médio. O nível de tecnologia presente até na transmissão das partidas mundo afora via CDN (Content Delivery Network), ou Rede de Entrega de Conteúdo, irá revolucionar a indústria de transmissão de conteúdo.
Se você assina algum dos aplicativos atuais para ver seus filmes e séries favoritos, já deve ter notado que ainda existe a possibilidade de assistir alguns jogos de futebol e outros esportes. Tanto nacionais quanto internacionais.
Esse é o esporte via CDN, uma tendência que tem aumentado no mundo todo e deve seguir em crescimento. Para se ter ideia, segundo pesquisa, houve um aumento de 30% na audiência dos jogos de futebol transmitidos dessa forma entre 2020 e 2021. Aliás, a própria organizadora do torneio já estuda uma plataforma para oferecer esse serviço.
Como funciona uma rede CDN?
Enquanto a comunicação é feita entre a origem da informação e a distribuição dela em transmissões por satélites, nas transmissões via rede esse fluxo é otimizado. Afinal, não é necessária uma rede de antenas receptoras que processam o sinal do satélite.
A CDN leva a informação da fonte para a internet, aproximando o conteúdo do cliente final. Acessa-se os nós para os quais a informação é replicada desde o ponto de origem, gerando menos delay do que em uma transmissão via satélite. No caso, essa informação são as imagens vindas do estádio.
Essa forma de transmissão também permite que o espectador não perca a maior parte da partida, caso haja uma falha. Se existir algum problema de conexão com esse nó, o dispositivo já acessa o próximo, no qual o conteúdo está.
Já para quem transmite, o recurso usado nos streamings tem alta disponibilidade e é capaz de atender a grandes picos de demanda, que podem chegar a até dez vezes o volume normal de tráfego de dados.
Geralmente, os nós estão localizados em data centers para oferecer a segurança lógica e física que o serviço pede. O que não pode faltar também é baixa latência, essencial para o oferecimento e consumo de qualquer conteúdo por streaming. Aliás, isso deve fazer cada vez mais diferença à medida que o 5G avança no país.
Benefícios da CDN
A transmissão dos jogos da Copa do Catar via CDN traz vários benefícios para quem consome esse conteúdo. Principalmente quando comparamos com o satélite, cuja transmissão está sujeita a alterações climáticas, que influem na qualidade do sinal.
Além disso, dependendo do serviço contratado pela transmissora do jogo, é possível rever o seu lance favorito de uma partida ao vivo. Afinal, é possível armazenar o conteúdo, dependendo do tipo de transmissão contratada. Basta levar a barra do player até o momento certo, como em qualquer outro vídeo disponibilizado por streaming.
O futebol por streaming também faz dele acessível por mais dispositivos. Ao invés de assistir ao jogo somente pela TV, o telespectador pode vê-lo do smartphone, computador ou tablet. Ou seja, é útil para quem está no transporte público no horário do jogo, por exemplo.
Nas Smart TVs, aliás, os aplicativos possibilitam aos torcedores verem seus esportes favoritos com máxima qualidade de imagem. Hoje, o padrão máximo comportado pelas emissoras de TV abertas é o Full HD. Já os aplicativos podem mostrar os jogos em 4K, algo que só é oferecido em planos mais caros das TVs por assinatura.
Infraestrutura é essencial
Com tantos benefícios da CDN, principalmente para o cliente final, quem produz conteúdo precisa contar com um parceiro confiável para entregar toda essa informação para os quatro cantos do mundo.
Por isso, é importante checar se a empresa em questão conta com servidor no backbone IP em pontos-chave de emparelhamento; cache de ponta dentro de ISPs, opções de limitação de taxa para ajudar os ISPs a gerenciarem melhor grandes eventos de download de software.
Não parando por aí, o parceiro deve garantir também capacidade de entrega robusta, como a oferecida por mais de 2400 servidores de ponta em 95 POPs para uma capacidade total de entrega de 170 Tbps. Além disso, precisa contar com uma equipe de alto nível: pelo menos 25 pessoas, para entregar conteúdo com qualidade.
Tudo isso para garantir que a diferença de tempo entre a bola na rede do estádio e a comemoração de quem está assistindo seja a mínima possível.
Autor
Eduardo Freitas: Senior Director de Connectivity, Media & IP, Cirion Brasil. Com mais de 30 anos de experiência no setor de TI e Telecom, forma parte da equipe da Cirion desde 2004, e atua no desenvolvimento de novos negócios para áreas correlatas à mídia e transmissão de conteúdo on-line. Ocupou várias posições gerenciais em Marketing Estratégico e Comunicações, Produtos e Vendas. Eduardo Freitas é formado em Engenharia Elétrica pela UFMG, MBA pela FGV Management e DGE pelo Instituto Superior de Empresas – IESE.
Sobre a Cirion:
A Cirion é uma provedora líder de infraestrutura digital e tecnologia, oferecendo um conjunto abrangente de soluções de redes de fibra, conectividade, colocation, infraestrutura em nuvem e comunicação e colaboração com o objetivo de promover o progresso da América Latina através da tecnologia. A Cirion atende a mais de 6.400 clientes latino-americanos e multinacionais, incluindo empresas, agências governamentais, provedores de serviços em nuvem, operadoras, ISPs e outras empresas líderes. A Cirion possui e opera um portfólio de redes e data centers próprios, com ampla cobertura, abrangendo toda a região da América Latina. Saiba mais sobre a Cirion em www.ciriontechnologies.com