Foi em Cairo, no Egito, que a seleção brasileira de handebol de cadeiras de rodas conquistou a primeira vitória mundial, reconhecida pela Federação Internacional de Handebol (IHF). Com a orientação e preparação da técnica e tutora do curso de Educação Física da UNIASSELVI, Gévelyn Almeida, os paratletas conquistaram o primeiro troféu internacional da categoria.
O adversário da final foi o time da casa, o Egito. O placar de 2 sets a 1 garantiu o pódio para os brasileiros que disputaram o Campeonato Mundial de Handebol em Cadeira de Rodas Four a Side (International Handball Federation – IHF), no Cairo, no final de setembro.
Gévelyn que treina a equipe de Balneário Camboriú (SC) há cerca de 10 anos e também é presidente do Instituto Catarinense de Esportes para Deficientes (ICED) conta o que sentiu ao ganhar o título:
“Foi extremamente gratificante porque participar de uma competição internacional, composta por atletas de diferentes partes do país sempre tem desafios e lutas. Foram quase quatro anos de preparação e conseguir esse mundial é um êxito. Passa literalmente um filme na cabeça da gente. Não tem como não se emocionar.”
Ela destaca ainda, que a modalidade foi criada no Brasil, e por isso, o orgulho é ainda maior:
“Tem um significado extremamente forte, de coração, de mente e de alma. Chega ser indescritível.”
Gévelyn que também preside a Associação Brasileira de Handebol em Cadeira de Rodas (Abrhacar), diz que existem similaridades no papel de técnica e de tutora:
“Em ambos os casos é preciso despertar nos acadêmicos e nos paratletas o trabalho mais específico, nas suas respectivas áreas é claro. Nas duas situações eu sempre tento despertar neles a importância da diversidade, da atuação multidisciplinar. Porque as diferenças, as adaptações, a inclusão real na sociedade sempre serão necessárias em todas as áreas da vida.”
Segundo título internacional
Em 2013, quando ainda era somente paratleta, Gévelyn conquistou o primeiro título mundial, em Curitiba (PR). Na ocasião, além do Brasil participaram Argentina, Austrália, Bolívia, Chile, Colômbia e Uruguai.
Por Redação UNIASSELVI