Nos últimos seis meses, um tema tem marcado presença nas discussões sobre tecnologia, seja nos noticiários, fóruns ou mesmo em eventos: metaverso. Mas, da mesma forma que o assunto gera fascínio onde aparece, também traz consigo muitas dúvidas sobre o que é, de fato, como funciona e quem já está presente nele.
O que é metaverso, afinal?
Podemos resumir o metaverso em um coletivo de universos virtuais, que emprega as tecnologias de realidade virtual e realidade aumentada para oferecer uma experiência que promete romper as fronteiras físicas entre as pessoas. Assim como nos jogos multiplayer online, a ideia é que pessoas do mundo todo se reúnam em um mesmo ambiente e interajam por meio de avatares.
Aliás, por falar em interação, as experiências podem ser menos ou mais imersivas, de acordo com a preferência do usuário. Para entrar de cabeça no metaverso, são necessários óculos e manoplas de realidade virtual, que ajudam o avatar a ver o ambiente em 3D, como se estivesse lá dentro, e a interagir com o que estiver vendo. Já para quem prefere somente as telas, as interações prometem ser mais semelhantes a um game de console ou PC.
Com isso, a plataforma mostra um potencial praticamente ilimitado. As ferramentas de realidade virtual, por exemplo, podem ser úteis para a medicina, na realização de cirurgias a distância; a engenharia, com equipes técnicas realizando reparos remotos em estruturas grandes demais para serem transportadas por longas distâncias, como navios e aviões; ou mesmo para setores comerciais, oferecendo uma experiência diferente de interação entre produtos e consumidores.
Quem está no metaverso?
O potencial do metaverso, principalmente no viés comercial, tem chamado a atenção das marcas. Para se ter ideia, Nike, Converse e até players do segmento de luxo, como Hermès, Prada e Gucci, já enviaram solicitações para escritórios de patentes dos Estados Unidos pensando no metaverso, indicando que pretendem realizar incursões por lá em breve.
E não é para menos. De acordo com relatório do Citibank, estima-se que a economia na rede, feita por meio de criptomoedas, pode alcançar um valor de mercado entre US$ 8 trilhões e US$ 13 trilhões (R$ 37 trilhões e R$ 61 trilhões) até 2030.
Quem também deve se beneficiar do metaverso são os proprietários dos chamados tokens não fungíveis (NFTs). Antes, certificados digitais que pareciam presos, tendo o mercado de obras de arte como principal circulação, tendem a assumir um novo papel: o do espaço digital, um “terreno” que pode se valorizar, tal qual um lote físico em área de interesse imobiliário.
Para quem ainda não está familiarizado com o termo, “não fungível” significa que seu valor é único e não pode ser equiparado, como é o caso de uma nota de R$ 100 e duas notas de R$ 50, por exemplo.
O que já é certo sobre o metaverso?
Até o momento, o que se sabe sobre a rede de universos virtuais é que ela existe. Mesmo com um amplo potencial, ainda não há como prever se será essencial para o futuro, seja ele próximo ou distante, ou se será mais um conceito absorvido por outras tecnologias de apelo mais prático. Afinal, é preciso que os recursos presentes no metaverso se tornem essenciais para o nosso dia a dia para que ele, de fato, se torne uma realidade.
Independentemente de sua consolidação, como estamos falando de um coletivo de universos que existe na internet, é preciso haver conectividade com altos níveis de largura de banda e o mínimo de latência possível. Requisitos necessários para processar uma enorme quantidade de dados em tempo real, o que garante uma experiência de qualidade para quem estiver participando. Principalmente quando pensamos nas mais imersivas, que exigem periféricos de interação 3D, como os óculos.
Como toda tecnologia em suas primeiras etapas, o metaverso sofre com idas e vindas, notícias promissoras e fatos alarmantes. Sabemos tanto sobre o potencial dessa tecnologia hoje quanto sabíamos, nos anos 90, sobre como a telefonia celular evoluiria. Recentemente, consultorias, como o Gartner, iniciaram estudos e indicações para os gestores interessados em se aprofundar no assunto.
Por isso, o primeiro ponto que você deve resolver para participar do metaverso é investir em infraestrutura, de preferência com um provedor de serviços que disponibilize soluções de nuvens híbridas (públicas e privadas combinadas).
Esse passo garantirá a performance e segurança para processar e proteger seus dados e os de terceiros durante suas interações no coletivo de universos virtuais.
Então, agora que você já sabe o básico sobre o metaverso e quem está nele, que tal se preparar e descobrir o que esse universo de mundos virtuais pode fazer pelo seu negócio?
Autor:
Yuri Menck: Marketing Manager, Cirion, Brasil. É formado em Engenharia Industrial Elétrica (UTFPR), com Pós em Gestão de TI (Unicenp) e MBA em Gestão Executiva (Insper/SP). Sempre atuou no mercado de tecnologia da informação e telecomunicações. Na empresa desde 2000, ocupou posições em áreas técnicas e de produtos e, desde 2008, lidera a equipe de Marketing Estratégico e Comunicações no Brasil.
Sobre a Cirion:
A Cirion é uma provedora líder de infraestrutura digital e tecnologia, oferecendo um conjunto abrangente de soluções de redes de fibra, conectividade, colocation, infraestrutura em nuvem e comunicação e colaboração com o objetivo de promover o progresso da América Latina através da tecnologia. A Cirion atende a mais de 6.400 clientes latino-americanos e multinacionais, incluindo empresas, agências governamentais, provedores de serviços em nuvem, operadoras, ISPs e outras empresas líderes. A Cirion possui e opera um portfólio de redes e data centers próprios, com ampla cobertura abrangendo toda a região da América Latina. Saiba mais sobre a Cirion em www.ciriontechnologies.com