Interesse do público aumenta às vésperas da competição e revela tendências de comportamento
A Copa do Mundo está aí! A partir do dia 20 de novembro, os olhos do mundo estarão voltados para o Catar, onde 32 seleções buscarão o título mais importante do futebol. O torneio vai ganhando cada vez mais espaço nos noticiários e no imaginário popular, de modo que as pesquisas sobre a competição cresceram 445% no Brasil, entre outubro de 2021 e setembro de 2022, segundo estudo da agência Conversion.
Em outubro do ano passado, 800 mil pesquisas foram realizadas no Google com termos relacionados à Copa do Mundo. Em setembro deste ano, o volume de buscas atingiu 4.400.000. Ao final dos 12 meses analisados no estudo, foram totalizadas 25,6 milhões de buscas no Brasil, apresentando alguns picos ao longo do período, como no lançamento do álbum da Copa e da nova camisa da Seleção Brasileira.
A empolgação com o Brasil
O crescente interesse pela Copa do Mundo reflete o sentimento do povo em relação à competição. Apesar do distanciamento entre a Seleção Brasileira e a população, um consenso geral entre os amantes do esporte, 90% dos brasileiros pretendem assistir à competição, de acordo com a “Pesquisa Pinion Copa do Mundo 2022 – CMI”.
Além disso, segundo o mesmo levantamento, 50% das pessoas declararam um alto envolvimento com a competição no mês de junho, cinco meses antes do torneio. O interesse não é simplesmente esportivo, tendo em vista os eventos sociais que os jogos do Brasil representam, com churrascos, bebidas e reuniões de familiares e amigos.
Decerto, a influência da Copa do Mundo no comportamento das pessoas interfere nos hábitos de consumo da população. As reuniões motivadas pelos jogos do Mundial movimentam grandes quantias em compra de alimentos, bebidas, enfeites, camisetas e afins.
As movimentações econômicas durante o Mundial
O Serviço Nacional de Proteção ao Crédito (SPC), em parceria com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), prevê a injeção de R$ 20,3 bilhões na economia do país durante o evento no Catar. Por sua vez, a bolsa de valores funcionará normalmente em dias de jogos, sem paralisar negociações.
A Copa do Mundo, inclusive, tem impactos nos investimentos e no mercado de ações. Segundo um estudo do Banco Central Europeu, em parceria com o Banco Central da Holanda, as negociações chegam a cair 48% em dias de jogos, porque as partidas atraem a atenção dos investidores.
Os resultados também afetam as cotações na bolsa de valores. Se o Brasil fosse campeão nesta semana, por exemplo, os valores do Ibovespa hoje aumentariam, tendo em vista a tendência histórica dos últimos países campeões do mundo. Uma eliminação, no entanto, poderia abalar os índices e causar uma oscilação negativa.