Professor do curso de Arquitetura e Urbanismo dá dicas para os alunos criarem locais ideais para estudarem para o ENEM
O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), criado em 1998 para avaliar a qualidade da educação brasileira, tornou-se também, em 2009, a principal forma de seleção para quem possui ou está concluindo o ensino médio ingressar em cursos universitários. Devido à importância desse teste, os participantes se preparam para alcançar altas notas. O que leva os alunos a se dedicarem a uma rotina árdua de estudos. Contudo, a arquitetura e a decoração do ambiente podem ajudar no aprendizado e colaborar com a obtenção de conhecimento.
Segundo o professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Anhanguera, Lessandro Machado da Rosa, o espaço para estudar deve ser escolhido com bastante cuidado, lugares públicos com muito barulho e agitação incomodam e distraem. “Para manter a concentração e o foco, é melhor optar por um ambiente silencioso, mesmo que não seja possível estudar em casa, bibliotecas, por exemplo, são mais tranquilas e totalmente dedicadas para o estudo individual ou em grupo”, afirma.
A seguir, o docente lista algumas dicas para que os estudantes criem um local ideal para estudar em casa:
Ergonomia e conforto: o mobiliário que compõe o lugar deve ser ergonômico, principalmente se o estudante passar muitas horas nele. Mesa e cadeira precisam proporcionar boa postura, mantendo o conforto sem perda de eficiência. A escolha da cadeira e a altura da mesa é fundamental para o bom desempenho do estudo por longos períodos. Cama e sofá, por exemplo, não são apropriados para quem deseja realmente se aprofundar nos estudos, além de causar transtornos na postura. Quanto ao conforto acústico, a norma regulamentadora 17 (NR-17) dispõe que o nível de conforto acústico é de 65 dB(A), o que possibilitará maior concentração e foco.
Iluminação: o recinto tem que ter iluminação adequada, seja artificial ou natural, não pode causar ofuscamento, reflexos que interfiram na leitura, sombras e contrastes exagerados.
O posicionamento das lâmpadas também tem influência na concentração, se refletirem em computadores, devem ser cobertas com lustre, não podem estar diretamente no campo de visão. Também não devem piscar, se estiverem com problemas, precisam ser trocadas.
Cores: para não causar fadiga visual, as cores não podem ser muito estimulantes e nem tão neutras a ponto de serem depressivas. Cores em tons pasteis colaboram com a sensação de bem-estar e não têm efeito psicológico negativo. Laranja e vermelho, por exemplo, são cores que dão energia, mas dispersam, aumentam o apetite e podem deixar o estudante agitado.
Decoração: encher a escrivaninha ou mesa de objetos decorativos atrapalham a organização. Ter fotos ou elementos que o estudante goste é bom para ativar o psicológico, mas muitos deles agrupados em um espaço pequeno pode ter efeito contrário. Muita informação visual gera fadiga e cansaço. Se houver competição entre materiais didáticos e apetrechos decorativos, opte por manter o que é essencial para os estudos fluírem.
“Não basta apenas seguir as dicas para ter seu próprio local de estudos, é preciso manter o ambiente organizado e dinâmico. Criar planners e ter uma rotina é fundamental para ter produtividade e, ao fim, alcançar uma boa nota no exame”, conclui o professor.