Segundo especialista, fatores como eficiência energética e a eficácia da infraestrutura precisam ser analisados e levados em consideração para, então, entender em qual grau de eficiência o equipamento está funcionando.
O mercado de redes corporativas tem se elevado e passado por transformações consideráveis, nos últimos anos. Com as empresas identificando cada vez mais rápido a necessidade de melhorias na infraestrutura dessas redes, com a finalidade de torná-las mais eficientes, flexíveis, otimizadas, convergentes tecnologicamente e com maior capacidade de mobilidade, tem feito com que este seja um dos setores mais procurados no mercado corporativo.
No entanto, uma dúvida ainda se levanta quando este é o assunto: como reconhecer se o data center da empresa está operando, ou não, de forma eficiente?
De acordo com o Supervisor de Vendas Corporativas da Fibracem, indústria brasileira especializada no setor de comunicação óptica, Adriano Rodrigues Fraga, uma série de fatores precisam ser analisados e levados em consideração para, então, entender em qual grau de eficiência o equipamento está funcionando.
Segundo ele, o grande desafio está em melhorar eficiência energética do data center (PUE), ou seja, fazer com que a energia total consumida pelo data center esteja equalizada com o consumo de energia dos equipamentos de TI. Esta razão, idealmente deveria tender a um fator unitário. “A oferta e a demanda precisam estar equilibradas e é isso que configura um sistema extremamente eficiente. Por exemplo, se um data center possui 100 KW de potência disponíveis para o consumo, o ideal é que a demanda dos equipamentos de TI fosse também de 100 KW. Isto é quase que impossível. Data centers que possuem um fator de PUE de 1.3, são considerados altamente eficientes.”, exemplifica o especialista.
Ainda, segundo ele, outro ponto a ser considerado como um dos principais que pode interferir na eficiência de um data center é o índice de consumo de energia dos equipamentos. Adriano afirma que as máquinas de ar condicionado, que retiram o calor dissipados pelos equipamentos de TI, quando não são adequadas para trabalhar em regime de 24x7x365, como por exemplo: máquinas de ar de conforto, podem reduzir a excelência operacional de um data center. “No entanto, quando há sistemas de ar condicionado de precisão, associados a sistemas de confinamento de ar, a tendência é que a eficiência do data center melhore significativamente”, explica.
Atenção à infraestrutura também é importante
O especialista ressalta, também, que outro fator que deve ter atenção redobrada é a eficácia da infraestrutura de cabeamento dos data centers. Para ele, atualizar a infraestrutura de rede de uma empresa e substituir, por exemplo, o cabeamento metálico existente, que pode estar defasado em relação a sua categoria e com a vida útil esgotada, por um cabeamento totalmente óptico pode ser uma alternativa valiosa para potencializar a performance da rede.
“Neste caso, para isso acontecer, é necessário mudar a solução de espelhamento convencional metálico, pelo espelhamento óptico baseado em distribuidores ópticos, com suporte a módulos cassete, cabos e cordões MTP/ MPO, entre a área de distribuição principal (MDA) com as áreas de distribuição horizontal e de equipamentos (HDA e EDA) do data center. Esta solução permite a conexão em alta densidade, maior largura de banda, além da baixa ocupação de espaço em leitos de distribuição, piso branco e racks. As áreas de suporte e administrativas do data center, poderão ser supridas por uma rede POL (Passive Optical LAN), ou seja, uma rede óptica totalmente passiva”, explica.
Tipo de data centers
De acordo com o especialista, atualmente, são reconhecidos no mercado alguns tipos de data center, tais como: Enterprise, Colocation, Internet (IDC), Hypersclale, Edge e os híbridos. Com destaque para o Edge data center, que está cada vez mais demandado, principalmente por conta da chegada acelerada de novas tecnologias, como a Internet de quinta geração (5G) e também em função das tecnologias disruptivas que estão sendo adotadas no chão de fábrica para atender as demandas da Indústria 4.0.
“Ainda assim, o que difere um tipo de data center do outro, está relacionado à sua complexidade, que envolve tanto a arquitetura de conectividade para atender os equipamentos de processamento e armazenamento das informações, a possibilidade de conexões alternativas com operadoras de energia e de Telecom, quanto aos subsistemas que serão contemplados, tais como: sistemas de controle de acesso, CFTV, energia, climatização, detecção e combate a incêndio e ainda, cabeamento, piso elevado, iluminação, dentre outros, para que a finalidade do data center seja cumprida da melhor maneira possível”, finaliza.