A Special, empresa de saúde especializada no atendimento domiciliar de média complexidade, cresce ao ritmo de dois dígitos por ano ao aprimorar o modelo de serviço anteriormente oferecido com exclusividade pelas empresas de home care. Adicionalmente, consegue praticar preços mais baixos para os planos de saúde, os principais contratantes desse tipo de serviço.
A empresa conta com dois centros de distribuição para envio dos produtos diretamente à residência dos pacientes e tem uma equipe de profissionais de campo, responsável pelo atendimento no local. Com esse modelo, a Special consegue atender todo o território nacional, oferecendo os serviços que antes eram prestados de maneira regionalizada pelas home care.
Aliado a esse atendimento nacional, a empresa investiu em uma robusta base de dados, para ter informações clínicas detalhadas dos pacientes, as quais podem ser auditadas pelas operadoras e ajudar na condução dos casos mais complexos.
Essa estratégia fez o resultado da empresa evoluir com solidez em 2021. No balanço dos primeiros seis meses de 2022, o ritmo de crescimento se mantém, projetando faturamento de cerca de R$ 150 milhões para o exercício.
Empresa jovem, com apenas 10 anos de existência, a Special foi fundada pelo médico Thiago Aitken e tem como CEO Denise Yagui, administradora formada pela USP, com passagem por Harvard e Jönköping University, da Suécia.
A empresa teve, inicialmente, crescimento expressivo com o fornecimento de medicamentos oncológicos orais para os planos de saúde e, a partir de 2017, investe em outras linhas de serviços, como nutrição enteral, infusão de medicamentos imunobiológicos e antibióticos, estomia e, agora em 2022, curativos de alta complexidade.
“O negócio de prestação de serviços de saúde como um todo está em transformação. O atendimento domiciliar ganhou relevância nos últimos anos, devido, em grande parte, aos elevados custos hospitalares. Além de ser uma opção que reduz riscos de infecções e proporciona comodidade e segurança aos pacientes, entramos numa era em que os dados começam a ajudar nas condutas”, explica Aitken.
A Special é um exemplo do avanço da chamada “deslocalização” da saúde, pois ao contrário das empresas, como clínicas e home care tradicionais, que têm atendimento local, ela está presente em todo o país. Para isso, conta com equipe de 80 nutricionistas e mais de 50 enfermeiros e técnicos de enfermagem espalhados pelas várias regiões. “Temos pacientes em todos os estados do país, seja no interior do Piauí, em Rondônia, no Acre ou em São Paulo. Havendo um paciente, nossa equipe estará lá para prestar o serviço com o mesmo padrão de qualidade. Essa facilidade para o contratante e para os pacientes libera leitos hospitalares e reduz o custo da operação dos planos de saúde”, afirma Thiago Aitken.
O fundador da Special busca inspiração em empresas norte-americanas para moldar o trabalho de sua companhia. “Esta é uma tendência global, pois oferece ganhos para todos os envolvidos e permite controle e auditoria dos dados pelos planos. O próximo passo é utilizar os dados para fazer predição de desfecho, porque uma das dores das operadoras é que o paciente que entra no serviço de home care não tem data para sair. Nós queremos focar no reestabelecimento da saúde do paciente para que ele tenha alta”, informa Aitken.
A empresa atende operadoras de saúde de todos os portes, desde gigantes, como Sul América e Unimed Rio, a operadoras menores, como Assefaz. Entre seus fornecedores estão multinacionais como Novartis, Nestlé e Danone.
Devido ao aumento da demanda por seus serviços, a Special vem ampliando o portfólio. A empresa fechou no início do ano parceria com a Hollister, empresa global e quase centenária, para oferecer serviços de estomia e já tem nova frente de atuação, avançando no serviço de curativos de alta complexidade no segundo semestre de 2022.
“Nos colocamos no mercado como uma prestadora de serviços domiciliares para casos de média complexidade. Já atuamos em várias frentes e avançamos em outras, sempre tendo como objetivo principal trabalhar com o melhor custo-benefício para as operadoras, melhorar a qualidade para os pacientes e trazer dados para a análise”, assinala a CEO Denise Yagui.