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II Simpósio da TelComp promoveu debate plural com principais nomes da telecomunicação

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Cerca de 150 pessoas, entre membros da Anatel, dos Ministérios das Comunicações, da Educação e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, além de representantes das associadas, estiveram reunidos no II Simpósio TelComp – Telecom, Tecnologia e Competição para um Futuro Digital, promovido pela Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas (TelComp) nesta quarta-feira (14/09), em Brasília.

Durante todo o dia, foram realizados debates de temas fundamentais às empresas de telecomunicações. “Fazer o evento em Brasília está sendo muito importante, pois aproxima as associadas do regulador e vice-versa, ou seja, o regulador conhecer mais o dia a dia de quem faz o atendimento direto ao cliente”, afirma Tomas Fuchs, presidente do conselho consultivo da TelComp e CEO da Datora/Arqia.

O presidente executivo da TelComp, Luiz Henrique Barbosa, destacou os painéis que discutiram as políticas públicas voltadas para conectar a população no meio rural e o futuro da telefonia fixa. “Foi um dia importante para estabelecer um relacionamento com a comunidade de Brasília, especialmente a Anatel, que esteve presente, e mostrar às operadoras competitivas suas soluções e discutir temas estratégicos. A rede de telecomunicações é fundamental para o país e não pode ser substituída por aplicativos de internet”, destaca.

Carlos Baigorri, presidente da Anatel, destacou o papel da TelComp na discussão de temas que envolvem o desenvolvimento do mercado de competições. “O principal instrumento para a competitividade nas telecomunicações é o PGMC (Plano Geral de Metas de Competição), criado há 10 anos com forte colaboração da TelComp. Hoje, é um elemento reconhecido internacionalmente para promoção da competição nas comunicações”, disse.

Durante a sua fala no painel “O futuro da regulação em telecomunicações e setores relacionados”, Baigorri destacou o papel do Estado brasileiro no posicionamento sobre a questão do digital. A capacidade da Anatel de regular essa relação é limitada, pois a competência da agência é dizer o que compreende o setor de telecomunicações, que hoje é muito mais complexo do que há 25 anos, quando a Anatel foi criada. Na visão do gestor, o ecossistema digital está em constante evolução, cada vez mais complexo, enquanto a Anatel segue com sistemas cada vez mais antiquados. Em breve, a agência não será mais capaz de dar as respostas que a sociedade necessita. É preciso uma discussão no Congresso e no Poder Executivo para fazer essa regulamentação.

No painel “Os desafios dos operadores regionais no 5G e oportunidades de espectro”, foram apontadas as tendências para o compartilhamento e a cooperação de infraestrutura de rede dentro do ecossistema das telecomunicações para alcançar uma eficiência melhor na oferta de serviços. O presidente executivo da TelComp, Luiz Henrique Barbosa, falou sobre a importância de se criar uma consciência sobre competitividade. “É preciso criar um ecossistema mais fluido de competição”, ressalta.

Marcelo de Freitas Duarte, diretor de Atacado e MVNO da Telecall, destacou o papel que a TelComp tem adotado ao unir essas forças da cadeia, com potencial para agregar valor e como cada um dos atores pode fazer isso. Leandro Guerra, CEO da EAF, abordou as oportunidades que o 5G traz para o mercado, indo além da oferta de conectividade. “As operadoras competitivas regionais conhecem bem onde estão essas oportunidades”, afirma. O conselheiro da Anatel Moisés Moreira reafirmou o papel da agência, de fiscalização e garantia da competitividade. “A Anatel está atenta à questão da competitividade e não vai se omitir”, disse.

Durante o painel “Como ampliar o acesso aos ainda desconectados”, o coordenador de Políticas Setoriais do Ministério das Comunicações, Wilson Wellisch, afirmou que a pasta tem desenvolvido parcerias para elaboração de políticas públicas, tendo a Anatel como uma grande parceira. Ele citou, ainda, o FUST, fundo criado para fomentar o setor de telefonia, nos anos 1990, e que, recentemente, foi alterado para que garanta a expansão do acesso à banda larga.

Alaércio Silva, coordenador geral de Conectividade Rural do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, destacou a demanda de conectividade que vem do setor agrícola e as regiões onde está localizado. “Infraestrutura é o que vai levar conectividade para o campo. Hoje no Brasil, quem fornece essa infraestrutura são as empresas de telecomunicações. Não dá para fugir desse modelo”, afirma.

O último painel do II Simpósio TelComp – Brasília teve como tema “Relacionamento com os consumidores e qualidade sob a ótica das operadoras competitivas”. Emmanoel Campelo, conselheiro da Anatel, destacou o relacionamento da agência com as pequenas operadoras, as PPPs. “A Anatel enxerga que essas empresas preencheram uma lacuna digital que o Brasil tem.”

Fabiano Ferreira, CEO da Vero Internet, destacou que o consumidor está no centro das questões da empresa “Buscamos resolver os problemas de ponta a ponta. Alexandre Moshe Parczew, CEO da Alloha Fibra, acrescentou que a companhia buscou processos de integração que começam com trocas de melhores práticas. Na visão de Fabricio Kameyama, CEO da Weclix, o segredo para o bom atendimento ao cliente é a oferta de tecnologia de ponta, práticas de gestão que valorizam os funcionários e a conquista de mercado através de um atendimento ágil.