O Fonoaudiólogo é o profissional responsável pelo cuidado da audição e comunicação desde 48 horas de vida até a melhor idade
O dia 26 de setembro marca o Dia Nacional do Surdo. A data é um alerta para diagnóstico, tratamento e para a importância de haver uma sociedade mais inclusiva para quem sofre de deficiência auditiva. Segundo os dados mais recentes do IBGE, de 2019, o Brasil possui 10 milhões de cidadãos surdos, o que corresponde a 5% da população. A perda auditiva se deve, em parte ao processo de envelhecimento, no entanto, pessoas de várias faixas etárias podem ser atingidas, inclusive recém-nascidos.
Por ser um dado pouco divulgado, é essencial que a consulta a fonoaudiólogos faça parte da rotina de prevenção dos brasileiros desde o nascimento.
Em 2009 foi sancionado a Lei do Teste da Orelhinha que auxilia na triagem auditiva nos recém nascidos, sendo o fonoaudiólogo o profissional que está habilitado para a realização.
A fonoaudióloga Honeslisa Malacarne Cadore, especialista em Audiologia, do Conselho Regional de Fonoaudiologia (CREFONO 3), explica a importância de detectar a alteração auditiva ainda na maternidade. “O exame é feito após 48 horas de vida por um Fonoaudiólogo. O papel do profissional é essencial para o acompanhamento da audição, aquisição da linguagem e desenvolvimento global do bebê. Hoje é possível diagnosticar a perda auditiva aos seis meses de vida e já pensado no implante coclear, como forma de reabilitação”, explica.
A perda auditiva nas crianças pode causar distúrbios na aquisição da fala, linguagem, ou ainda problemas de desenvolvimento emocional, educacional e social.
Na infância, há sinais importantes que indicam algum problema com a audição, como falta de interesse por objetos com ruídos, ausência de reflexos cocleares (capacidade de se surpreender ou despertar com ruídos) e desconhecimento de palavras.
As fases iniciais são importantes para que o profissional faça um diagnóstico preciso. “Fica a orientação que após aquisição de linguagem, a fala já possível realizar o exame de Audiometria Tonal Limiar, na criança até a melhor idade; o qual hoje é o exame de audição que é possível laudar se os limiares auditivos estão dentro dos padrões da normalidade, se estão ouvindo bem”, alerta a fonoaudióloga.
Acompanhamento na vida adulta
Outra importante função do fonoaudiólogo é no trabalho de reabilitação em situações de perda auditiva, que pode acontecer em qualquer idade. A reabilitação consiste em técnicas e métodos utilizados para melhorar a audição diante dos sinais de surdez.
Os Fonoaudiólogos são também essenciais no acompanhamento de pessoas com surdez de nascença ao longo da sua vida. São eles que orientam e acompanham uso de aparelhos auditivos, ajudando no tratamento e na compreensão de todos promoverem uma convivência harmoniosa entre as pessoas que usam aparelhos e os que estão ao seu redor. Nesse ponto, está a inclusão de pessoas surdas na sociedade.
“Encontrando alterações na audição o Fonoaudiólogo é o profissional que seleciona, indica e adapta o AASI (Aparelho de amplificação Sonora Individual), ‘aparelhos auditivos’, bem como reabilita a fala. Hoje temos também pacientes que utilizam o Implante Coclear e é o Fonoaudiólogo que reabilita estes pacientes também”, reforça Honeslisa Malacarne Cadore, especialista em Audiologia.
Neste Dia Nacional do Surdo, atente para a importância de consultas frequentes ao fonoaudiólogo e seu papel para uma convivência mais harmoniosa e inclusiva com quem tem algum tipo de perda auditiva, que é mais de 10% da população.
SOBRE O CREFONO3
O Conselho Regional de Fonoaudiologia – 3ª Região (CREFONO3), atuante no Paraná e em Santa Catarina, constitui, em conjunto com o Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa), uma autarquia federal. É responsável por zelar pelo cumprimento das leis, normas e atos que norteiam o exercício da fonoaudiologia, a fim de proteger a integridade moral da profissão, dos profissionais e dos usuários diretos.
Ao zelar pelo exercício regular da profissão, o CREFONO3 protege o fonoaudiólogo daqueles que exercem inadequadamente ou ilegalmente a profissão, além de proporcionar melhores condições para que a população tenha um atendimento adequado ao consultar o profissional.