Coordenador do curso de Odontologia da Faculdade Anhanguera comenta sobre condição que afeta homens e mulheres pelo mundo
A gengivoplastia é um procedimento cirúrgico, em sua maioria, destinado para fins estéticos que visa corrigir o contorno irregular da gengiva, devolvendo o aspecto natural e simétrico ao sorriso. Esse tratamento é adotado por pacientes acometidos por sorriso gengival, uma condição que afeta 10% da população mundial entre 20 e 30 anos de idade, pelo excesso de tecido que sobrepõe os dentes, causando a impressão de que eles são menores quando se sorri.
Como explica o cirurgião-dentista e coordenador do curso de Odontologia da Faculdade Anhanguera, professor Ramiro R. Barcellos, a givoplastia trata-se de um procedimento simples, sua abordagem mais comum acontece através de laser e com aplicação de uma anestesia local, assim se realiza o corte da parte que recobre o início da coroa dos dentes, deixando as bordas arredondadas e o esmalte do dente mais aparente, minimizando a diferença entre dentes pequenos e grandes.
Apesar de devolver a autoestima e bem-estar ao sorrir, o professor complementa, que essa é uma cirurgia plástica também amparada na prevenção da saúde bucal do paciente. “Gengivas que recobrem de forma exagerada os dentes são mais fáceis de serem lesionadas durante a escovação, e também, geram acúmulo de placa bacteriana na boca, infecções e tártaro”, alerta.
A gengivoplastia também requer os seus cuidados específicos e é preciso estar atento às contraindicações. “Antes de definir se é necessário realizar o procedimento, o paciente deve fazer uma avaliação completa da saúde bucal com um dentista experiente para identificar fatores que possam interferir nos resultados desejados”, alerta o docente.
Ramiro afirma que a cavidade bucal é composta por diferentes tecidos e estruturas capazes de desencadear anomalias que, por sua vez, podem ter causas genéticas, traumáticas ou adquiridas de outras doenças. “Por isso, se o paciente apresentar algum tipo de inflamação na gengiva em função de periodontite ou traumas, o cirurgião-dentista deve orientá-lo a tratar desses problemas antes de realizar o procedimento, uma vez que garante recuperação adequada e não agrave o quadro clínico”, completa.
GENGIVECTOMIA
A gengivectomia também é um procedimento cirúrgico realizado na gengiva, porém, possui objetivos e resultados diferentes. Ela é uma técnica reparadora destinada a pacientes que apresentam bolsas periodontais, sintomas advindos da periodontite (doença inflamatória e infecciosa), e a hiperplasia gengival que provoca o crescimento desordenado da gengiva. Seu objetivo também é a remoção do excesso de tecido gengival, mas em alguns casos é necessário a modelagem do osso abaixo da gengiva.
“A gengivoplastia e a gengivectomia são enquadrados no tópico de cirurgia plástica periodontal, pois são procedimentos que visam a correção e prevenção de defeitos gengivais, na mucosa alveolar e no tecido ósseo, provenientes do desenvolvimento de traumas mecânicos e induzidos por placa”, explica. “Eles podem ser realizados juntos ou separadamente, dependendo da condição de saúde do paciente. Porém, é indispensável a presença de um cirurgião-dentista no diagnóstico, planejamento e execução de ambos”, finaliza.
