Fonte: Gunther Rudzit, professor de Relações Internacionais da ESPM e especialista em segurança internacional –
A viagem de Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, à Taiwan nesta terça-feira, 2, gerou um aumento nas tensões com a China.
A atual fase da crise entre os dois países era mais do que esperada, e não deve evoluir para conflito. De acordo com Gunther Rudzit, professor de Relações Internacionais da ESPM, isto se deve ao resultado das dinâmicas políticas internas, tanto da China quanto dos Estados Unidos.
Para ele, o líder Xi Jiping está buscando o terceiro mandato no congresso do povo em novembro e, nos Estados Unidos, os democratas precisam se mostrar tão duros contra os chineses quanto os republicanos. Uma guerra, mesmo que limitada, entre os dois países não interessa aos dois governos nesse momento. Pode haver alguma movimentação militar, discursos duros, mas não devem escalar mais que isso. Mesmo que Pelosi afirme que apoia a independência de Taiwan.
Segundo Gunther, atualmente a presidente da Câmara conta com amplo apoio do Congresso dos Estados Unidos, tanto que as ameaças de Pequim apenas levaram a pedidos para que Nancy Pelosi continuasse sua jornada. Na linha de sucessão de Joe Biden, a presidente da Câmara é a segunda pessoa a visitar a ilha nessa crise.
O prof. Gunther Rudzit está disponível para comentar o assunto.
Sobre a fonte
Gunther Rudzit é professor de Relações Internacionais da ESPM e coordenador do Núcleo de Estudos e Negócios em Oriente Médio (NENOM/ESPM). É doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo, mestre em National Security por Georgetown University (USA), mestre em Geografia Humana – Geopolítica pela Universidade de São Paulo.
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