O rol taxativo deu o que falar na última semana. Saiba se ainda vale a pena ter um plano de saúde.
Muitos futuros clientes e pessoas que já são clientes de planos de saúde se encontram com uma dúvida rondando suas cabeças: vale ou não a pena ter plano de saúde depois do rol taxativo?
Antes de tudo, entenda o que é o rol taxativo de uma vez por todas:
O que é o Rol taxativo?
O rol taxativo foi uma decisão tomada pelo STJ para substituir o rol exemplificativo. O rol exemplificativo consistia em um documento instituído pela ANS, conhecido como Rol de procedimentos.
Nele estavam diversos procedimentos mínimos que o plano de saúde deveria ter, mas era somente um exemplo.
Caso o plano de saúde se negasse em uma cobertura que não constava no Rol, o usuário podia entrar na justiça para que o juiz decidisse se o plano deveria ou não arcar com a cobertura.
Porém, com o rol taxativo da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), os planos de saúde podem seguir apenas o que consta no Rol de Procedimentos.
Isso significa que, mesmo se o paciente entrar na justiça, não ganharia a causa e nem a cobertura do tratamento pelo plano de saúde.
E essa decisão deu o que falar, isso porque o Rol de procedimentos da ANS é uma lista que não está muito atualizada, faltando procedimentos e terapias modernas.
Ainda vale a pena ter plano de saúde?
Mesmo sabendo sobre as novas condições do rol taxativo, o plano de saúde ainda vale muito a pena para os usuários e pessoas que pretendem contratar agora.
Porque se for colocar na ponta do lápis quanto é gasto em um plano e em alguns tratamentos que são cobertos pelo rol de procedimentos da ANS, o custo-benefício é enorme.
Até porque as coberturas obrigatórias dos planos não foram alteradas, e mesmo se o seu plano tem como extra outros serviços para expandir a cobertura, sairia mais barato do que pagar diretamente o procedimento.
O indicado é verificar sempre quais são os melhores planos de saúde e confirmar se eles cobrem algum tipo de cobertura extra.
Quanto seria pago nos procedimentos?
E muitos procedimentos acabam sendo caros, mais caros que a contratação do plano de saúde. Por exemplo, dependendo do tipo de tomografia, ela pode ir de valores de R$ 150 até R$ 2 mil.
Até os que achamos ser os mais simples, como ultrassonografia e eletrocardiograma, possuem preços de 300 e 500 reais respectivamente.
Consultando o Rol de procedimentos da ANS
Agora que o Rol taxativo foi decretado, é importante saber quais são as coberturas obrigatórias dos planos de saúde. E para isso, você pode entrar no próprio site da ANS.
Ao entrar no link, você terá que escolher a segmentação que deseja consultar, ela pode ser “consulta/exames”, “parto”, “internação” e “odontologia”. Selecione o que é de seu interesse e clique em continuar.
Feito isso, você deve digitar o nome do procedimento que quer consultar, pode ser qualquer um que o próprio site irá sugerir alguns procedimentos para que você selecione.
Depois de escolher, clique novamente em continuar. Na página seguinte, a de cobertura, irá aparecer se é coberto ou não pelo plano de saúde.
Porém, vale mencionar que todos eles contam com uma observação de que a cobertura varia de acordo com a data de contratação, prazo de carência e preexistência da doença.
Por isso, é tão importante conversar com o corretor do plano de saúde sobre suas doenças preexistentes, para que elas possam ser tratadas da melhor forma possível.
E os prazos de carência máximo também são estipulados pela ANS e comunicados pelo plano de saúde logo após a contratação. Eles devem ser seguidos, é um período que tem que esperar para ter atendimento a certos serviços.
Por fim, é importante ressaltar que ainda vale a pena ter um plano de saúde, é um tipo de serviço muito mais em conta quando comparado com o valor particular de cada procedimento.
Outro ponto importante é que alguns procedimentos têm certa exceção no rol taxativo da ANS, por isso busque saber mais e conversar bastante com o seu plano de saúde.
Saiba se algo mudará nas coberturas que você possui e nos tratamentos que faz!
Texto de Jeniffer Elaina