Erro na escolha de materiais para tanques-rede pode comprometer saúde dos peixes e gerar prejuízos aos piscicultores

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A produção de peixes de cultivo em tanque-rede é cada vez mais presente em todo o mundo e provou estar bem adaptada às condições ambientais do Brasil, que já é o quarto maior produtor de tilápia e tem grande diversidade de espécies nativas, como tambaqui e pirarucu. “Segundo a Associação Brasileira da Piscicultura, o Brasil produz quase 850 mil toneladas de peixes de cultivo por ano. A atividade cresce acima de 5% ao ano e se transforma rapidamente, com o uso de modernas tecnologias em genética, nutrição, manejo e equipamentos”, explica Guilherme Vianna, gerente de negócios da Belgo Bekaert, empresa referência no mercado brasileiro de arames.

A criação em tanques-rede caracteriza-se pela alta densidade de peixes, como a tilápia, e é dependente da qualidade da água e da eficiência das telas de proteção. “Essas características exigem materiais duráveis e resistentes, conferindo alta biosseguridade e relação custo-benefício adequada. Além disso, precisam dar conta da colmatação, problema conhecido pelos piscicultores, que é o entupimento de malhas de telas que ficam submersas na água, devido à possível proliferação e crescimento de algas ou de outros organismos, como os mexilhões”, destaca Vianna.

Segundo o especialista, quando a tela de um tanque-rede apresenta alto grau de colmatação por aderência de mexilhão dourado, por exemplo, há queda da qualidade da água em função do menor fluxo de passagem, em razão de sua baixa renovação. “Isso atinge o bem-estar dos peixes cultivados, que ficam estressados, com o aumento do risco de desenvolvimento de doenças e piora dos resultados zootécnicos, tornando o sistema improdutivo e afetando toda a questão socioeconômica de produção”, afirma.

Para equacionar essa situação e trabalhar com o melhor custo-benefício de instalação e manejo dos tanques, Guilherme Vianna informa que há, no mercado, malhas que funcionam muito bem na realidade de produção brasileira. Um exemplo, cita o especialista, é a linha Belgo Aqua, que dispõe de recursos voltados especificamente à aquicultura, como Belgo Plastic, que contém forte revestimento de PVC. “Essas soluções são ideais para pequenos e médios produtores, com tanques-rede de até 6m³”, pontua o gerente de negócios.

Guilherme Vianna alerta para o uso de tecnologias e de materiais desenvolvidos para a realidade de outros países como, por exemplo, o Chile. “Esses materiais não se adaptam ao ambiente de produção do Brasil, sendo mais onerosos para realizar manutenções e manejos. Por isso, é preciso fazer investimentos certeiros, para que as escolhas sejam duráveis e eficazes”, destaca. Nem sempre o sistema de criação de tanques rede de grandes volumes (30×30 metros de diâmetro e 10 metros de profundidade), desenvolvidos para a criação de salmão no mar do Pacífico, são os mais indicados para o sistema brasileiro, que é a criação de tilápias em barragens de água doce, segundo o gerente.

“O Brasil é um exemplo de competência de modelos de produção de proteína de alta qualidade, e não será diferente para produção de peixes. Temos que focar em desenvolver uma tecnologia nacional, adequada para a nossa realidade e continuarmos a dar exemplo de como podemos continuar a alimentar uma grande parcela do mundo. A tilápia brasileira depende disto: soja, milho, água de qualidade, manejo adequado, equipamentos e tecnologia nacional. Tudo isto feito por pessoas preparadas. Do Brasil para a mesa do mundo”, finaliza.

Sobre a Belgo Bekaert

A Belgo Bekaert é líder brasileira na transformação de arames de aço desde sua criação, fruto da parceria estratégica no Brasil entre a ArcelorMittal e a Bekaert. A empresa atua nos segmentos de Agronegócios, Cercamentos, Construção Civil, Automotivo, Solda, Aplicações Especiais e Indústria Petrolífera, oferecendo um mix de produtos e serviços que atendem com tecnologia de ponta, confiabilidade e qualidade aos mais diversos perfis de clientes.