Mulheres podem ser mais suscetíveis a desenvolver Alzheimer; entenda os motivos

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Embora o Alzheimer seja mais conhecido por atingir pessoas idosas, em mulheres, ele se inicia na meia-idade, durante a menopausa

Mulheres são mais suscetíveis a desenvolver doenças degenerativas cerebrais do que os homens; é o que comprovam vários estudos científicos nos últimos anos. De acordo com a Academia Americana de Neurologia, que investigou homens e mulheres da mesma idade e com capacidades cognitivas, de memória e pensamento semelhantes, mulheres de meia-idade apresentaram maior propensão para a doença de Alzheimer, mesmo antes de emitir qualquer sintoma.

Segundo os estudos, as mulheres já tinham presença de placas de proteína beta-amiloides anormalmente produzidas e da proteína tau, que são dois marcadores principais do Alzheimer, mesmo quando não havia sintomas de perda de memória ou de funções cognitivas. O estudo aponta que este fato pode estar atrelado às mudanças ocorridas no organismo feminino ao entrar na menopausa, principalmente à queda do hormônio estrogênio. Isso indica que, embora essa enfermidade seja mais conhecida por atingir pessoas idosas, em mulheres, ela se inicia na meia-idade.

No Brasil, de acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer, existem cerca de 1,2 milhão de pessoas com essa doença, e a maioria ainda sem diagnóstico. O Alzheimer é uma doença degenerativa cerebral que atinge as funções cognitivas responsáveis pela memória, atenção, linguagem e orientação espacial. É uma doença que não se sabe ao certo o que causa, nem tem cura definitiva; e quanto mais cedo for o diagnóstico, melhor o paciente responde aos tratamentos existentes, garantindo uma melhor qualidade de vida.

Entre as causas atenuantes do Alzheimer, estão o fator genético, o tabagismo, as doenças cardíacas e o sedentarismo.

Como prevenir ou atenuar os sintomas do Alzheimer

A doença de Alzheimer não tem cura, mas alguns tratamentos são indicados para ajudar a retardar ou atenuar os sintomas dessa enfermidade. Manter uma vida ativa cognitiva e fisicamente pode ajudar a prevenir a morte dos neurônios e a perda de sinapses.

Uma das principais prevenções é visitar regularmente um ginecologista e um neurologista, para verificar os níveis hormonais e se há presença dos sinalizadores de Alzheimer no cérebro, por meio de exames de imagens.

Além disso, é importante realizar atividades que estimulem o funcionamento do cérebro, como leitura, montar quebra-cabeça, jogo da memória, jogar xadrez, entre outras atividades que estimulem o pensamento lógico; mas é importante não se sobrecarregar e tornar as atividades em algo enfadonho. A estimulação social entre familiares e amigos também é indicada para estimular a comunicação e a sensação de bem-estar e evitar a depressão e apatia.

Outra forma de prevenir, não somente o Alzheimer, mas várias doenças cerebrais e cardíacas, é a prática de atividades físicas regulares, como a corrida ou a caminhada diária. Médicos investigaram pacientes que praticavam mais de 150 minutos de caminhada por semana, e perceberam que eles tinham menos presença de indicadores de Alzheimer no cérebro. Mas é importante visitar um cardiologista antes de praticar qualquer exercício, bem como ter sapatos adequados para a prática, como um tênis para corrida Nike Air Max.

Por fim, lembre-se sempre de manter hábitos saudáveis de alimentação e evitar frituras, cigarros e bebidas alcoólicas em excesso.

— Texto: Caroline Raiser