Com alimentos de fácil acesso, é possível administrar as dores causadas pelo treino
“No pain, no gain”: todo mundo que já decidiu trabalhar os músculos a fim de definir e crescer já ouviu essa frase em algum ponto da trajetória. E não é à toa! Sem dor, sem ganho. A dor é um sinal claro e expressivo do crescimento e desenvolvimento dos músculos após o treino. E para quem não consegue se adaptar com facilidade ou é muito sensível às dores, existem alimentos que podem ajudar!
As dores após o treino ou no dia seguinte são causadas por microlesões, sofridas pelas fibras musculares durante o treino de intensidade, que estimula o crescimento da massa magra. Essas microlesões se curam de maneira natural e sinalizam ao corpo a necessidade de desenvolvimento das fibras.
Uma vez que o corpo percebe as microlesões frequentes, ele se concentra em curá-las de tal maneira que torna as células mais fortes e resistentes, recebendo mais oxigênio e nutrientes, graças ao aumento do fluxo sanguíneo na região.
É durante os primeiros dias de treinos intensos com carga e repetição que os músculos costumam passar pelo período de adaptação, onde a dor é mais intensa. Após a adaptação, ainda é necessário vigiar as dores, de modo a evitar lesões sérias, mas de maneira geral as dores diminuem em intensidade.
Ainda assim, há quem não consiga lidar muito bem com as dores musculares, podendo ter o rendimento do dia seguinte ao treino afetado por essas dores. Rendimento esse que conta com as atividades no trabalho e na vida pessoal tanto quanto o próximo treino.
Para ajudar a tratar essas dores, existem alguns alimentos que contêm substâncias benéficas, e podem ser ingeridos a fim de facilitar o convívio com as microlesões. Alimentos ricos em ômega 3, por exemplo, são alguns dos mais benéficos. O ômega 3 diminui as inflamações causadas pelas microlesões, tornando as dores menos intensas e mais toleráveis. O ômega 3 pode ser encontrado principalmente em peixes como sardinha, salmão, bacalhau e atum, mas também pode ser encontrado em castanhas, nozes, espinafre, grão-de-bico, brócolis, algas, sementes de chia e de linhaça e ervilhas.
Possuindo qualidades antioxidantes, o gengibre também é um alimento que pode ser mantido na dieta a fim de reduzir as dores. Um estudo (PMID: 23717759) constatou que, entre mulheres, o consumo de gengibre e canela pode reduzir dores musculares.
A cúrcuma, assim como frutas vermelhas e beterraba, possui as mesmas propriedades antioxidantes e também pode ser valiosa. Cafeína e suco de tomate também entram para a lista de alimentos benéficos e possuem praticidade singular no consumo.
Seja na esteira, no supino ou fazendo séries de tríceps testa, as dores musculares aparecem logo após o treino, e não é possível fugir. E não há razão para tal; afinal, no pain, no gain. Ainda assim, o consumo regular e planejado dos alimentos citados pode ajudar a diminuir a dor, tornar os treinos mais prazerosos e a rotina de crescimento muito mais agradável.