Vivo em um país que está sob a ameaça de ser presidido por um ex-presidiário. Já fiz parte do Conselho de Segurança Pública de uma entidade empresarial que era presidido pela jovem dona de uma ONG defensora do “desencarceramento” – soltura de criminosos presos – e da “descriminalização” das drogas – falácias imorais e sem qualquer lógica. Por isso lançarei, em breve, meu quarto livro – para desmentir e demolir essas narrativas criminosas que se construíram no Brasil em torno de crime e punição.
Eu acho que vocês vão gostar do livro. Mas não posso esperar; vi, em várias redes sociais, avisos de uma campanha – mais uma – a favor dos direitos dos criminosos presos. Então preciso dizer algumas coisas.
A primeira é que inexiste qualquer defesa intelectual minimamente decente do “desencarceramento”. Os ativistas dessa causa mentirosa, embriagados pela mentalidade marxista revolucionária, se propuseram uma tarefa mágica, jamais realizada em qualquer sociedade humana: acabar com as cadeias, os locais onde são colocados os criminosos. Essa obsessão – ao mesmo tempo infantil, arrogante e sinistra – resulta em uma grave deformação da imaginação moral e erosão definitiva da capacidade de raciocínio.
A deformação da imaginação impede o ativista de mostrar empatia pelas vítimas dos criminosos, e até de reconhecer a sua existência; tudo o que ele consegue ver – e as únicas coisas que o preocupam – são o bem-estar e a liberdade dos criminosos. A erosão do raciocínio lógico impossibilita ao ativista entender a clara e inequivocamente demonstrada relação existente entre o aumento de prisões de criminosos e a redução no número de crimes cometidos.
O resultado dessa debilidade moral e lógica é a absurda conclusão de que a única política pública aceitável é a extinção das cadeias, ou a sua transformação em um local que seria uma mistura de uma sofisticada clínica terapêutica com uma colônia de férias. Na prática, considerando-se a permanente falta de recursos do Estado, trabalhar pela segunda opção equivale a promover a primeira.
Por isso, sempre que te mostrarem a foto de um criminoso preso em uma cela superlotada, como se fosse um pobre coitado, peça para ver as fotos das vítimas dele.
Sempre que te pedirem sua compaixão para um bandido, peça compaixão para as vítimas feridas ou mortas.
Sempre que uma ONG vier falar dos direitos dos criminosos presos, pergunte quem vai defender os direitos das vítimas.
Texto de Roberto Motta, Engenheiro Civil pela PUC-RJ, Mestre em Gestão pela FGV-RJ e tem cursos do programa de MBA da George Washington University. Roberto tem mais de 30 anos de experiência como executivo em grandes empresas, incluindo 5 anos como consultor do Banco Mundial nos EUA. Conheça as obras do autor!