Transitar de uma região da cidade para outra em dias de alta temperatura, como os observados atualmente, no Brasil, durante o verão, em que as temperaturas facilmente ultrapassam os 30ºC, parece um desafio sem a utilização de recursos como o ar-condicionado ou ventilador. A questão é que além da elevação da temperatura impactar nas funções biológicas, ela também gera estresse; fatores que combinados, acarretam na queda de rendimento – no nosso caso, uma sensação de “preguiça”. Fácil reconhecer esse cenário, não é? No manejo do rebanho de vacas leiteiras, a identificação pode ser feita de uma forma um pouco diferente, mas a ocorrência é a mesma. O médico veterinário da Auster Nutrição Animal, Bruno Pascoal, relata que o aumento da temperatura impacta diretamente na produção e reprodução das vacas, gerando a redução dos sinais de cio.
“Isso ocorre devido a uma menor síntese de estradiol e a má qualidade de oocitos, que dificulta a fecundação, a produção de embriões viáveis e o risco de perda de prenhez”, pondera. O profissional alerta que devido ao clima tropical brasileiro, os produtores devem redobrar a atenção às variações de temperatura e umidade. O conforto térmico para as vacas de leite, segundo Pascoal, varia entre 5°C e 22°C. As oscilações são relativas à fase de vida que o animal se encontra. Consciente disto, o produtor terá um parâmetro para avaliar a produtividade do seu rebanho e, assim, identificar os impactos climáticos nas condições do animal.
“A reprodução é uma fase delicada, que precisa que todas as funções fisiológicas estejam em ótimo funcionamento para que ela aconteça. Uma nutrição direcionada, aliada ao manejo específico para a fase, somado ao conforto térmico torna possível uma reprodução de sucesso”, enfatiza.
Além das ferramentas disponíveis para o manejo térmico, como a combinação da ventilação forçada e aspersão de água, mudanças nutricionais também podem gerar maior conforto e garantir o bem-estar animal em períodos de alta temperatura.
Pascoal explica que o rúmen funciona como uma câmara fermentadora e, por isso, sua fermentação gera calor. Assim, quanto maior a inclusão de fontes energéticas altamente fermentativas, maior a geração de calor endógeno.
“Existem formas alternativas de energia, como o uso responsável de óleos vegetais protegidos. A Auster Nutrição Animal conta com programas nutricionais que auxiliam o produtor a atravessar melhor os desafios de produzir leite num clima tropical como o do Brasil. Temos programas nutricionais específicos para cada fase de vida do animal, olhando de forma multifatorial a produção de leite. Nesses programas usamos nossas soluções como uma caixa de ferramentas, em que cada item tem sua função específica e que usada de forma responsável e especializada pelos nossos técnicos geram maior produtividade”, informa Bruno Pascoal.
Manejo nutricional mitiga impactos da alta temperatura na rentabilidade de vacas leiteiras
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